O Dia Mundial do Turismo foi assinalado, no Porto, com o lançamento de um programa inovador de desenvolvimento do turismo. “Vamos receber à moda do Porto”, ideia que reúne as participações da Câmara Municipal do Porto (CMP), PSP, Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, APHORT e ATC – Porto Tours, pretende sensibilizar quem lida diariamente com os turistas para a necessidade de tornar a cidade mais acolhedora.

O programa consiste na criação de uma rede oficial de informação turística (ou Porto Official Information Network), que terá como objectivo final preparar todos os órgãos da cidade para a recepção de turistas, sejam eles taxistas, agentes da PSP ou recepcionistas.

O vereador do Turismo, Inovação e Lazer, Vladimiro Feliz, esteve presente na apresentação pública do projecto, que decorreu esta segunda-feira no renovado Hard Club, aproveitando para explicar que o programa usufruirá da “capacidade de trabalhar em rede” da cidade para ser um sucesso.

“Só temos uma oportunidade para criarmos uma boa impressão. E se não aproveitarmos, podemos deixar o cidadão e o turista descontentes”, entende. Com este programa de cooperação entre diversas entidades público-privadas que lidam diariamente com os turistas que visitam a cidade, a “capacidade de acolhimento” aumentará e os “visitantes vão-se sentir bem recebidos”.

A passagem de uma “mensagem uniforme” e a partilha de “boas práticas entre os diferentes agentes” compõem a missão deste projecto, que pretende criar “uma imagem de marca” que distinga o Porto “de outros destinos”. Para conseguir tal feito, será necessário levar a cabo “formação em serviços-alvo”, formação essa que será dividida em duas fases: uma teórico-prática, em que os envolvidos vão tentar perceber as dificuldades e o contexto de trabalho de quem lida com os turistas, e uma teórica, que consiste em 35 horas de aulas sobre turismo dada a responsáveis de estabelecimentos hoteleiros, de postos de turismo, taxistas e polícias.

As principais áreas abrangidas pelo programa são, numa primeira fase, as zonas de maior concentração de fluxo turístico, como o centro histórico, o aeroporto e a estação de Campanhã. Também a Baixa, a Boavista, as Antas e a Foz não serão esquecidas pela rede de informação turística.