“Usar o desperdício e o que está morto”. É assim que Gil Delindro, um dos responsáveis pela Toca, define o trabalho deste projecto. A celebrar o seu primeiro aniversário, a Toca é um projecto de intervenção artística que pretende alertar para a existência de espaços abandonados na cidade do Porto.

Para Gil Delindro, o objectivo mais importante da Toca é “criar um grupo com o maior número de pessoas que mostrem a sua intenção em aproveitar os espaços abandonados”, sendo que essa intençao não se manifesta “através da discussão, mas de acção”, com o objectivo de “mostrar algo feito”.

O “Toca no Galinheiro” é o próximo evento público organizado pela Toca, que começa na sexta-feira e dura até à próxima terça-feira. Durante o evento de de cinco dias, a casa que a Toca ocupa actualmente (na rua das Oliveira, n.º 61) vai receber exposições, teatro e concertos abertos. Com isto, a organização não pretende que “venha muita gente”, mas sim que “venha gente interessada pelo que está a fazer”.

No programa, destaque para os concertos das bandas francesas France Sauvage, Duda Geva e para os portuenses Alto de Pêga. O festival exibe, também, algumas curtas, com destaque para “Confusion is media”, um trabalho jornalístico da Toca sobre o incêndio de um edifício antigo na Ribeira do Porto.