Em Alvalade, o FC Porto falhou a vitória só pela 2.ª vez, nas doze jornadas que o campenato já leva. Paulo Sérgio investiu na maleabilidade táctica que, para o bem e para o mal, dotou o Sporting deste ano e surpreendeu na primeira-parte, para o que muito contribuiu a atitude posta em campo pelos seus jogadores. O 1 – 0 ao intervalo era justo, pese o fora-de-jogo de Valdés no golo. O Porto foi, contudo, duro o suficiente a nível mental, e, num jogo que não teve assim tantas oportunidades de golo, teve o mérito de empatar, antes de ficar reduzido a dez noutro lance discutível. Para a história ficou uma nova expulsão de Villas-Boas em dia de não-vitória, ainda que o resultado esteja longe de ser desagradável para os “azuis e brancos”.

A manutenção

Na luta pela manutenção, o Rio Ave continua a sua recuperação assinalável, e conseguiu, na Figueira da Foz, a sua 4.ª vitória nos últimos cinco jogos (0 – 1), deixando a Naval numa situação já quase desesperada. A juntar à já mencionada vitória do Marítimo, também o Paços foi capaz de bater a Olhanense na Mata Real, com um golo extraordinário de André Leão, aproximando distâncias na 2.ª metade da tabela. Naval e Portimonense já estão a quatro pontos da linha de água, enquanto que entre o 9.º classificado, a Olhanense, e o 14.º, o Marítimo, distam apenas três pontos.

Na ressaca da derrota europeia, o Benfica aproveitou para acertar o passo em Aveiro e emendou a distância para o líder. Cardozo regressou à titularidade e foi determinante, ao marcar dois golos (o segundo num remate fantástico), e ainda oferecer outro, num grande trabalho individual. Pese o momento delicado, como o deixou sentir Jorge Jesus na flash-interview, o Benfica passou num campo em que ainda ninguém tinha ganho, e não só recuperou dois pontos ao FC Porto, como se destacou no 2.º lugar, mercê da derrota do Guimarães no Funchal.

A luta europeia

No Estádio dos Barreiros, o Guimarães entrou com um histórico muito positivo, já que vinha de vitórias no Funchal nas últimas quatro épocas, e doutras quatro vitórias seguidas no campeonato. No entanto, a equipa de Manuel Machado caiu mesmo, perante um Marítimo que ainda só tinha uma vitória no campeonato (2 – 0). Em plena luta europeia, o Braga voltou às vitórias internas, depois de três derrotas seguidas, ao bater o Nacional, num jogo bastante polémico (2 – 0): o primeiro golo dos arsenalistas surge dum penalty mal assinalado, seguido duma recarga irregular. O resultado permitiu ao Braga, contudo, chegar ao 7.º lugar, e ultrapassar o adversário.

À frente da equipa de Domingos, dois vitoriosos do fim-de-semana: a Académica, que, três jogos depois, foi complicar as contas ao Setúbal de Manuel Fernandes, graças a um golo madrugador de Diogo Valente (0 – 1); e a U. Leiria, que consumou uma vitória em Portimão contra todas as expectativas, já nesta 2.ª feira (1 – 2). O jogo tinha sido interrompido no domingo, já durante a 2-ª parte (52 minutos), por falta de luz, quando a equipa da casa vencia por 1 – 0. Mesmo assim, na meia-hora disputada ontem, Zé António e Carlão conseguiram afundar ainda mais a equipa de Litos e levar a União à igualdade pontual com o 5.º.