Sensibilizar, formar e celebrar a música e o cinema são os objectivos da Curta-Metragens, Cooperativa de Produção Cultural para o ano de 2011. Quase 20 anos depois do primeiro Curtas Vila do Conde – Festival de Cinema, os seus mentores partem para um projecto ainda mais ambicioso: o “Estaleiro“.

A arrancar em Janeiro de 2011, e com uma duração de 20 meses, o “Estaleiro” pretende trazer à cidade de Vila do Conde uma onda criativa de workshops, mostras, exposições, concertos e muitos outros eventos. Ao todo, são 20 ateliês, 20 concertos e 20 filmes, inseridos em quatro programas muito distintos.

O programa “Animar” é uma “pequena escola de cinema para os mais pequenos”, explica, ao JPN, Dário Oliveira, um dos fundadores do “Curtas” e mentor do “Estaleiro”. Ciclos de cinema e exposições terão como alvo o público infanto-juvenil, assim como o projecto “Disco Voador”, protagonizado pelos Clã, com a criação de músicas exclusivas, em estreia mundial.

“Campus” é um programa mais ambicioso, destinado principalmente a jovens cineastas e técnicos audivisuais, com o objectivo de uma maior formação na área. Em parceria com mestrados das universidades do Porto, Minho e de Santiago de Compostela, vai ser criado um laboratório em que alunos são acompanhados por artistas conceituados do Cinema e das Artes Plásticas.

Tornar Vila do Conde num “destino cultural de referência”

O “Cinema Expandido” será uma “mostra daquilo que é o cinema, daquilo que são as novas formas de fazer imagens em movimento”, adianta Dário Oliveira. Os produtos finais do “Campus”, por exemplo, serão alguns dos projectos em exibição. Neste programa inclui-se, ainda, a iniciativa “Stereo”, que levará seis músicos e seis cineastas a trabalhar em dueto. “É um emblema daquilo que é o ‘Estaleiro'”, diz o responsável.

O “Estaleiro” também vai promover, mensalmente, concertos de projectos em estreia nacional ou de bandas de culto. Para 12 de Fevereiro estão confirmados os Belle Chase Hotel, que só recentemente regressaram aos palcos. Abril e Maio podem receber os míticos Galaxy 500 e os ansiados Twin Shadow (aguardam confirmação).

A organização do Estaleiro, financiado pelo Programa Novo Norte, do QREN, promete eventos a preços simbólicos para que todos possam participar. As expectativas são elevadas e Dário Oliveira reforça: “Se vamos transformar Vila do Conde numa cidade criativa ao longo de tantos meses, espero que seja um destino cultural de referência.”