“Still Frank”, o mais recente projecto do Teatro Bruto, estreia-se este sábado no Porto. “O ponto de partida é um concerto encenado“, afirma a encenadora Ana Luena, “mas tem uma componente teatral bastante forte”. “Somos uma companhia de teatro a produzir um concerto”, enfatiza.

Programa “Monstro Bruto”:

“Still Frank” insere-se no Programa “Monstro Bruto” da companhia de teatro para o biénio 2009/2010. “Nós funcionamos com ciclos de reflexão, a partir dos quais produzimos e criamos espectáculos com textos originais”, explica Ana Luena. O programa de reflexão “surge da vontade de revisitar as origens do homem, do conhecimento e da cultura ocidental, como forma de reflexão sobre o Homem de hoje”, de acordo com o site oficial da companhia .

“Still Frank” desenvolve-se em torno do conceito de monstro. Regressa ao universo literário de “Frankenstein” de Mary Shelley. “O que nos interessa é a relação entre o criador e a criatura monstruosa”, realça Ana Luena, que conversou com o JPN durante os ensaios.

O texto é da autoria de Daniel Jonas que o define, segundo o comunicado de imprensa, como “um fantasma aparentado” da narrativa clássica de Mary Shelley. Inspirado no universo da ópera-rock e do concerto conceptual, o texto de Jonas é “uma manta de retalhos estilística”, onde convivem várias expressões artísticas (a palavra, a música, a luz, a encenação, o figurino) que se juntam para dar vida ao monstro.

A música ficou a cargo de Rui Lima, Sérgio Martins e Peixe (ex-guitarrista dos Ornatos Violeta) que também sobem ao palco. O espectáculo conta ainda com o músico Samuel Coelho e com o actor Pedro Mendonça.

Com o concerto encenado “Still Frank”, o Teatro Bruto retoma a via musical iniciada em 2004 com o espectáculo “Boca” de Regina Guimarães e Saguenail.

O concerto encenado está em cena nos dias 11 e 12 de Dezembro no Teatro Carlos Alberto , às 21h30. Os preços variam entre os 10 (balcão) e os 15 euros (plateia).