A comemorar o 8.º aniversário, a Metro do Porto já serve mais de cinco milhões de pessoas por mês. No princípio de 2011, pretende atingir ainda um maior sector da população com o início da operação comercial da Linha Laranja (F) para Gondomar. A linha, que está praticamente concluída, terá 6,8 quilómetros de extensão e será constituída por dez estações, o que fará com que a rede totalize 80 estações.

A simulação da operação comercial já começou. Em Janeiro devem iniciar-se as travessias regulares. A linha Laranja vai passar por Sete Bicas, Viso, Ramalde, Francos, Carolina Michaelis, Casa da Música, Bolhão, Trindade, Lapa, Campo 24 Agosto, Heroísmo, Estádio do Dragão, Campanhã, Contumil, Rio Tinto, Nasoni, Levada, Nau Vitória, Campainha, Baguim, Carreira e Venda Nova.

Extensão de Santo Ovídio demorada

A construção da estação de Santo Ovídio em Vila Nova de Gaia, um prolongamento da linha Amarela (D), esperava-se terminada em Fevereiro de 2011. No entanto, a possibilidade de “ligeiros atrasos” é grande, como explica Jorge Morgado, da Metro do Porto, pois depararam-se com “algumas obras imprevistas a nível de condutas de água”.

“A instalação [de condutas de água] obriga a trabalhos reforçados e demorados. A expectativa é que no final do 1.º ou 2.º trimestre de 2011 possa estar concluída e entrar em funcionamento comercial. É uma obra bem mais pesada porque se situa numa artéria central de Vila Nova de Gaia.”

Esta estação será a primeira e única estação subterrânea na cidade e contará com 600 metros de extensão. “Vai ser um marco em termos arquitectónicos naquela zona, criando uma grande entrada em Gaia, com transformações à superfície e a requalificação quase total da rotunda de Santo Ovídio”, sublinha Jorge Morgado.

As alterações ao nível do trânsito são sempre comunicadas pela empresa que coloca informações no site, nomeadamente “mapas, indicações de percursos alternativos, outdoors que explicam os desvios do trânsito”. No entanto, Jorge Morgado diz que quando a obra for concluída, a circulação automóvel vai voltar a ser feita de modo semelhante ao que se fazia antes das obras.

Também a estação de D. João II, em Gaia, se encontra em obras para a construção do segundo cais e assim “dotar o espaço de condições de conforto e abrigo para os clientes quase ideais”, diz Morgado. Foi inclusive colocada uma pala de cobertura. Esta estação também fará interface com autocarros.

Projectos futuros

Em relação à segunda fase da rede, ainda não há “cronograma de execução e de entrada em funcionamento rigoroso”, como explica Jorge Morgado. A Metro terá de entregar ao Governo “um dossiê completo relativo às linhas da segunda fase, pedindo autorização para a construção dessas linhas”. “A decisão caberá depois ao Governo. Só depois podemos delinear o planeamento.”

A segunda fase inclui quatro linhas e extensões, enumera Jorge Morgado: “a ligação entre Matosinhos-Sul e a Estação de S. Bento através do Campo Alegre; a ligação entre o Pólo Universitário da Asprela e Matosinhos, através de S. Mamede de Infesta; a extensão desde Santo Ovídio até Vila d’Este passando pelo novo Hospital de Gaia e por Laborim; e uma nova linha entre Campanhã e Gondomar.”

O investimento total nas novas extensões ultrapassa os mil milhões de euros, ressalva Morgado. “É algo de grande dimensão e complexidade, quer ao nível da obra, quer da operação de financiamento, e algo de realmente importante para a região, a cidade e o país.”

Imagens da Linha Laranja gentilmente cedidas pela Metro do Porto