No ano passado, morreram, ao todo, 27 pessoas devido ao consumo de drogas, em Portugal. Este é o valor mais significativo desde 2003 e representa um aumento de 35 em relação ao ano anterior.

Segundo o estudo [PDF] efectuado e apresentado em Assembleia da República esta semana, as vítimas são, na sua maioria, do sexo masculino, e têm idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos.

Apesar das más notícias relativamente a casos mortais, no que diz respeito a toxicodependentes com SIDA, o número de infectados continua a baixar, como tem acontecido nos últimos anos, o mesmo acontecendo com outras tantas doenças infecciosas associadas à toxicodependência. Neste momento, os toxicodependentes com SIDA analisados representam apenas 15% do número total de utilizadores de drogas.

Também no tratamento há boas notícias. A procura pelas estruturas do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) tem aumentado, sendo que, em 2009, quase 39 mil pessoas estavam a ser seguidas pelos técnicos especializados. Tais números são “inflacionados”, no entanto, pelo facto de o IDT tratar, desde 2008, também casos de alcoolismo. Porém, as unidades de desabituação registaram, o ano passado, a menor procura de sempre.

Em 2009, os serviços do IDT receberam cerca de oito mil novas admissões, sendo que, destas, três mil eram referentes a casos de readmissões. Mais de 27 mil dos doentes a serem tratados estão integrados em programas que utilizam drogas de substituição.