Um incêndio deflagrou hoje, segunda-feira, num prédio devoluto na Rua da Torrinha.

O fogo, que já está extinto e controlado, não causou vítimas. As causas do incêndio permanecem desconhecidas. No combate ao fogo deslocaram-se sete viaturas dos bombeiros sapadores e uma dos voluntários. 23 homens combateram o fogo, que terá deflagrado pelas 13h00 do edifício n.º 331-335.

Quando os bombeiros chegaram ao local, o fogo tinha já tomado o 3.º e 4.º piso, pelo que pensa-se que o incêndio terá começado num deles. Todos os andares ficaram totalmente destruídos, com excepção do 1.º e do rés-do-chão, que foram atingidos parcialmente.

De acordo com o Major Pais Rodrigues, dos Bombeiros Sapadores do Porto, vão agora ser feitas “pequenas demolições”, nomeadamente ao nível das janelas, mas o edifício “não apresenta risco de derrocada”. Serão também colocado tapumes para impedir a entrada, pois o edifício “não apresenta condições de segurança”. A PJ já se encontra a investigar as causas do fogo.

“Já se estava a prever”

O prédio estava, tanto quanto se sabe, desabitado há cinco anos. “Já se estava a prever”, refere uma vizinha, Maria Carolina. “Isto é revoltante”, acrescenta uma outra.

Maria Carvalho Pereira, de 64 anos, viveu quase 40 anos no prédio atingido. Há cinco anos viu-se obrigada a abandonar a casa. “Não tinha condições”, ressalva. “Antes que a gente morresse, que morra o prédio”, declara.

Maria Carvalho Pereira garante que os moradores do prédio, que foram gradualmente obrigados a abandonar o mesmo por falta de condições de segurança, pediram uma vistoria à Câmara Municipal do Porto (CMP), que não actuou porque o prédio tinha senhorio. Aos jornalistas, os antigos moradores presentes no local acusam a CMP de incompetência.

O trânsito foi desviado da zona do incêndio pela PSP como medida de precaução.

Recorde-se que já esta madrugada um incêndio deflagrou num edifício devoluto no Muro dos Bacalhoeiros, na Ribeira.

Artigo actualizado às 17h33