O jogo mais dramático da jornada ocorreu no Estádio da Luz (2-1). Apesar das tentativas do Benfica, foi o Marítimo que inaugurou o marcador à entrada do último quarto de hora da partida. Djalma, reforço anunciado do FC Porto para a próxima época, não perdoou. Quando a partida parecia estar a chegar ao fim, Salvio empatou a cruzamento de Coentrão e, no último minuto dos descontos, o lateral-esquerdo marcou mesmo o golo da vitória num grande pontapé de pé direito.

O Benfica manteve-se assim na luta, ainda que, no fim do jogo, Jorge Jesus se tenha envolvido novamente em confrontos com jogadores da equipa adversária.

No dia anterior, o FC Porto tornou-se na primeira equipa a ganhar em Olhão esta época (0-3). Os algarvios venderam cara a derrota e seguraram o empate até à passagem da hora de jogo, momento em que Fernando Belluschi inventou um pontapé fantástico e fez o 1-0. Com o desbloqueio, nasceu um jogo diferente e Falcão pôde voltar aos golos, criando um resultado bem mais folgado. A equipa de André Villas-Boas conservou assim os oito pontos de vantagem, antes da recepção ao Guimarães, na próxima jornada.

O pódio em aberto

Com Paulo Sérgio despedido no dia anterior, o Sporting chegou perdido à Choupana, ainda sem José Couceiro no comando da equipa. Com um penálti falhado pelo meio, os leões não foram capazes de virar o próprio destino e perderam por 1-0 frente a um Nacional que jogou a última meia-hora com dez jogadores. A vitória permitiu aos madeirenses, que até estão a fazer um campeonato irregular, ficarem a escassos três pontos do terceiro lugar dos leões.

Na luta agora evidente pelo último lugar do pódio, o grande vencedor voltou a ser o Paços de Ferreira (2-0). Os comandados de Rui Vitória bateram o Vitória de Setúbal em casa, na 8.ª vitória nos últimos dez jogos oficiais, chegando assim a um notável 4.º lugar, a um ponto do pódio. O resultado custou a saída de Manuel Fernandes do comando técnico sadino, ao fim de sete jogos sem ganhar.

Com a vitória, os pacenses apanharam o Vitória de Guimarães que, em casa, voltou a sucumbir perante uma equipa que estreava um treinador. Depois da derrota com a Naval, na estreia de Mozer, foi a Académica de Ulisses Morais a vencer no Afonso Henriques, três meses depois da última vitória para o campeonato (0-2).

Em casa do penúltimo, o Braga não conseguiu aproximar-se da luta europeia e acabou com um nulo (0-0). A Naval não perde há sete jogos e está agora a quatro pontos de uma manutenção que chegou a parecer muito distante.

Na luta pela manutenção, o Portimonense surpreender ao ganhar por uma bola a zero em Aveiro. Foi a primeira vitória de sempre de Carlos Azenha como treinador principal (entre Setúbal, no ano passado, e Portimonense). Os aveirenses, que só tinham perdido em casa com FC Porto e Benfica, protagonizaram, depois, uma surpresa ainda maior: Leonardo Jardim, um dos treinadores-sensação da época, demitiu-se do comando da equipa, alegadamente pela falha nas negociações para a sua renovação de contrato.

Com a 3.ª vitória seguida, e o 13.º golo do veterano João Tomás, o Rio Ave também deu um passo grande rumo à manutenção (1-0). Já a U. Leiria não consegue parar o seu tombo na classificação e perdeu o 5.º jogo nos últimos sete oficiais.