Cerca de cinquenta pessoas acorreram ao Rivoli, esta quarta-feira, para homenagear o realizador francês, Georges Méliès. Entre elas, Manoel de Oliveira, o famoso cineasta português, que foi recebido com entusiasmo pela plateia.

A noite contou com a exibição de “Le Grand Méliès”, um documentário de George Franju, realizado em 1952. Partindo da imagem de um “château” em Orly, onde Méliès passou os seus últimos dias, Franju recria os passos da vida deste mestre das imagens em movimento, desde os seus dias de mágico até alcançar o estatuto de inovador e verdadeiro mestre da arte cinematográfica.

A homenagem continuou com “La Séance Méliès”, um filme comemorativo dos 150 anos do nascimento do precursor do cinema fantástico. A obra de Jacques Nany demonstra a importância de Méliès na descoberta do cinema como arte efémera, mostrando a sua evolução na área do cinema fantástico. Os dois filmes animaram a plateia, que não ficou indiferente à criatividade do ilusionista francês e se manteve no lugar até ao final das exibições, que receberam muitos aplausos no final. À saída, também Manoel de Oliveira se mostrou satisfeito pela iniciativa do Fantasporto.

Méliès ficou mundialmente conhecido com “Viagem à Lua”, em 1902, tendo posteriormente realizado mais de 500 filmes. Considerado o pai dos efeitos especiais, o autor utilizava efeitos fotográficos para criar mundos fantásticos. Méliès marcou o aparecimento da sétima arte, ao ser pioneiro em quase tudo: desde os estúdios de filmagens, aos géneros cinematográficos e até mesmo os guiões.

A sexta noite do Fantasporto contou, ainda, com a exibição de “Carancho”, no Grande Auditório, um filme de Pablo Trapero que também esteve presente no Festival de Cannes 2010.