Perante as séries televisivas com conteúdo criminal que vão ganhando espaço nas televisões, torna-se necessário “limitar as fantasias” relativamente à medicina legal que, “às vezes, decorrem do entusiasmo”. Quem o diz é José Pinto da Costa, conhecido médico legista português, que, ainda assim, admite ao JPN, louva a qualidade das séries criminais.

Num ambiente descontraído, o professor conduziu esta quarta-feira, na Câmara Municipal de Matosinhos, a CSI, ou Ciência Sob Investigação, uma conferência que pretende dar a conhecer o crime e os métodos utilizados pela medicina legal.

Através de exemplos práticos, Pinto da Costa explicou a ciência da criminologia e contou como conseguiu resolver alguns crimes, por vezes difíceis de decifrar. As quase 400 pessoas que estiveram presentes na sessão puderam, assim, conhecer técnicas e métodos em situações de morte acidental, por homicídio ou suicídio.

Redes sociais como o Facebook foram, também, mencionadas por Pinto da Costa, como um veículo fácil de acesso às vítimas. O médico-legista vê os “amigos” do Facebook como aqueles que violam e matam e não acredita que esta seja a melhor forma de conhecer novas pessoas. Em tom de brincadeira, e pelo facto de as redes sociais limitarem o contacto interpessoal, o médico-legista refere que tem de “cheirar a menina” para a conhecer.

Esta iniciativa promovida pela autarquia está inserida no programa da abertura das políticas da juventude e tem como finalidade dar aos jovens respostas às suas perguntas, ajudá-los a conhecer a sua vocação e as saídas profissionais que têm aos seu dispor.

Além da conferência, o dia foi dedicado a experiências nas áreas de investigação animal, criminal e da flora e foi, ainda, possível simular a pilotagem de um avião da Força Aérea Portuguesa.

Artigo corrigido às 13h29 de 4 de Março