A União de Sindicatos do Porto (USP) realiza hoje, quarta-feira, uma acção pública, pelas 12h00, junto ao centro comercial Via Catarina. Este protesto tem as mesmas motivações do cordão humano, promovido pela União de Sindicatos de Lisboa (USL) e pelo Movimento Democrático das Mulheres, que decorreu na última sexta-feira, em Lisboa.

Cerca de 300 pessoas dirigiram-se à residência oficial do primeiro-ministro para entregar uma carta que apelava a novas políticas económicas e sociais, em sequência de dados da estrutura sindical que alertavam para a desigualdade social e laboral que ainda hoje se regista entre os dois sexos. De acordo com a USL, as mulheres continuam a ser mais atingidas pelo desemprego e pela precariedade do que os homens, chegando a receber, em média, menos 183 euros de salário mensal.

Em declarações ao JPN, fonte da USP realçou que a acção no Porto não se trata de uma manifestação, mas sim de “uma concentração” de pessoas descontentes com a actual situação das mulheres em Portugal. O mesmo órgão refere ainda que não se pretende “copiar” o cordão humano de Lisboa.

A USP pretende aprovar, durante a acção pública, uma resolução que será posteriormente entregue no Governo Civil do Porto. Esta carta vai contemplar “aquilo que se constata no dia-a-dia, a discriminação que ainda é muito evidente”, principalmente no que toca às situações laborais.

“Hoje em dia ainda é muito visível essa diferença de tratamento de género, entre homem e mulher, a vários níveis”, diz a mesma fonte da USP. Denunciar estes casos é a principal motivação deste órgão sindical. A moção a ser entregue no Governo Civil do Porto tem as suas bases em números concretos, valores que o JPN não conseguiu apurar junto da USP.