Annelisse Maria Frank, ou Anne Frank, como ficou conhecida, tornou-se num ícone da Segunda Guerra Mundial. Acompanhou o período conturbado em que os judeus eram perseguidos e mortos em campos de concentração e viveu com a sua família e outros quatro judeus durante 25 meses no anexo da sua casa, em Amesterdão, na Holanda.

Durante esse período de tempo, refugiou-se no seu diário, em que contava a sua experiência e falava das suas ambições e sonhos, que queria concretizar quando se tornasse livre.

A menina, que queria ser escritora ou jornalista, ficou mundialmente conhecida pelo seu diário, que teve a sua primeira edição em 1947. A compilação dos seus manuscritos foi feita pelo seu pai, Otto Frank, e pela sua empregada e amiga da família, Miep Gies, que guardou o diário, na esperança de um dia devolver a Anne. Este foi um desejo tornado realidade, ainda que após a sua morte.

“O Diário de Anne Frank” encontra-se, actualmente, entre os vinte livros mais lidos e foi incluído no programa “Memória do Mundo”, da UNESCO, que integra 33 bens do património documental mundial. Foi traduzido em quase 70 línguas e conta com mais de 35 milhões de exemplares vendidos.

Apesar de a data causar alguma controvérsia, acredita-se que Anne Frank terá morrido a 12 de Março de 1945, no campo de concentração de Bergen-Belsen, após a sua família ter sido denunciada e enviada para o campo de concentração de Auschwitz, onde estiveram inicialmente. Anne morreu de febre tifóide, duas semanas antes de o campo ser libertado.