Neste momento, a principal prioridade do Japão é tentar diminuir a temperatura no reactor três da central nuclear de Fukushima. O reactor número três é o único na central que funciona com plutónio, um elemento químico mais perigoso para a saúde que o urânio.

Apesar das várias tentativas para arrefecer o reactor se terem revelado infrutíferas, os helicópteros do exército japonês já conseguiram bombear água para o seu arrefecimento, esta quinta-feira. O reactor número quatro, que sofreu na terça-feira um incêndio, é a segunda preocupação. A resolução do problema nestes reactores está a ser prejudicada pelos destroços nas estradas, que dificultam o transporte do material.

O governo japonês ordenou que fossem retiradas mais de 200 mil pessoas que se encontravam a 20 km da central e o imperador Akihito já falou à nação sobre a sua preocupação com a crise nuclear que se vive no Japão.

Segundo o diário britânico Telegraph, o Japão já teria sido avisado do risco de graves problemas nos reactores nucleares caso se desse um grande abalo sísmico. O diário avança com dados do site Wikileaks, onde aparece um “telegrama diplomático norte-americano, indicando que um perito da Agência Internacional de Energia Atómica se mostrou inquieto pelo facto de os reactores japoneses apenas terem sido concebidos para resistir a sismos até uma magnitude 7”.

O novo balanço provisório feito pela polícia nacional aponta para 5178 mortos e 8606 desaparecidos, resultado do sismo e do tsunami de dia 11 de Março.

Possibilidade de corte de energia

As autoridades nipónicas anunciaram que o leste do país, onde se inclui a cidade de Tóquio, pode sofrer um corte de electricidade, caso não se diminua o consumo de energia.

Devido à baixa temperatura que se faz sentir, deu-se um aumento do consumo de electricidade. De manhã, os valores do consumo eram quase os mesmos da produção. À noite, que é a altura que o consumo atinge valores mais altos, a produção de energia pode não ser suficiente. As autoridades já pediram a colaboração dos japoneses para a redução do consumo de energia.

Situação do Japão aproveitada por cibercriminosos

O sismo que abalou o Japão está a ser aproveitado para se cometerem crimes cibernéticos. Pessoas que se fazem passar por instituições de caridade e organizações governamentais, estão a apelar a donativos para ajudas pessoais.

A Symantec já identificou alguns golpes e pede a quem queira ajudar para que “seja prudente para descobrir se a intenção é genuína por parte dos remetentes dos emails antes de doar ou responder”.