A Casa e a Biblioteca de José Saramago, em Lanzarote, abriram ao público esta segunda-feira, 21 de Março.

A inauguração oficial aconteceu no último sábado, 18 de Março, data que assinalou os nove meses após a morte do escritor. Na obra “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, a personagem em conversa com Fernando Pessoa diz-lhe que nove são o número de meses necessários para que os vivos esqueçam os mortos. Por esse motivo, Inês Pedrosa, escritora e directora da Fundação Fernando Pessoa, leu um excerto da obra na inauguração.

Na casa agora aberta ao público, contacta-se “não só com a literatura e com a vida de José Saramago, mas com a cultura portuguesa”. A escritora contou ao JPN que “nas paredes da casa estão muito bons quadros, alguns inspirados na própria obra de Saramago, outros não” e, que por isso mesmo, se podem encontrar várias “dimensões de cultura”.

Para além da casa, os visitantes podem ainda visitar a Biblioteca de José Saramago. Inês Pedrosa disse não ter dúvidas que este local “será um ponto de atracção, quer pelo valor da biblioteca, quer pela beleza da casa”.

A escritora descreveu José Saramago como “um homem marcante” e que, apesar de nem toda a gente “concordar ideologicamente com as posições por ele defendidas”, é reconhecido como “um grande escritor”.

Dois euros é o custo da visita à casa para os residentes em Lanzarote e oito euros para os não residentes. A casa pode ser visitada de segunda-feira a sábado. Já a Fundação José Saramago ficará, ainda este ano, alojada na Casa dos Bicos, em Lisboa.