Neste sábado, a Casa da Música vai receber vários artistas para mais uma edição do Clubbing Optimus. É o regresso de Roy Ayers a Portugal e a sua estreia no e a segunda passagem pelo Porto. Espera-se uma noite repleta dos mais distintos tipos de música com nomes como o DJ Plastician, MC Nomad, o lisboeta Link, Shaolin Temple Defender, Álvaro Costa, Rene Hell, Tiago Sousa Trio, Adam Ficek e Deluca. A “lenda viva” do jazz, Roy Ayers, falou com o JPN sobre a sua actuação na Sala Suggia da Casa da Música.

Quais são as suas expectativas em actuar pela primeira vez na Casa da Música no Porto?

As expectativas são muito boas. Actuei em 2007 em Portugal e os portugueses foram um público muito autêntico. Senti, pela vibração da plateia, que adoram música. Foram muito calorosos comigo e fizeram-me sentir como se estivesse em casa. É muito importante enquanto artista sentir a empatia das pessoas. Espero sentir o mesmo quando subir ao palco no sábado.

Perfil

Roy Ayers nasceu em Los Angeles, a 10 de Setembro de 1940. O cantor e compositor norte-americano tem uma carreira de referência na área do funk, soul e jazz. O vibrafone é um dos instrumentos que o distingue. Temas como “Everybody Loves the Sunshine”, “Searchin” e “Running Away” marcam o percurso do músico de 70 anos. Roy Ayers completou 40 anos de carreira e saúda os leitores do JPN, esperando voltar em breve a Portugal.

Que tipo de concerto pode o público esperar?

Este concerto contará com algumas das coisas que fiz antes, vou tocar com o meu vibrafone e, claro, vou tentar fazer o melhor que posso. Todas as vezes que toco, tento fazê-lo da melhor forma que consigo e espero fazer o melhor para o público português.

Qual é o sentimento de completar 40 anos de carreira?

É fantástico. Agora que tenho 70 anos não sinto que os tenha. É tão maravilhoso estar vivo e actuar como músico. Eu faço música há 52 anos, comecei profissionalmente aos 18 e tenho “estado na estrada” há 50 anos. Continua a ser uma experiência maravilhosa para mim. Tem sido um privilégio ter público. É muito bom para mim continuar a actuar e agradeço a Deus pela vida.

Se tivesse que escolher, quais seriam as canções que melhor descrevem a sua carreira?

Tenho trabalhado na indústria discográfica com “samples”, como “My Life”, que inspiraram músicos em sucessos de rappers como 50 Cent, Mary J.Blige, Smoke Dza. Artistas conceituados como Ice Cube e Tupac fizeram o “sample” da minha música. Os músicos de hip hop gostam de “samples” da minha música, adoram a sonoridade e isso faz-me sentir muito bem.

E qual é a música mais especial?

A música mais especial é “Everybody loves the sunshine”. É a mais popular e aquela com mais “samples”. É a maior que já tive e a minha favorita.

Notícia actualizada no dia 4 de Abril às 18h28