Os conflitos armados que ocorrem por todo o mundo são alvo de mediatização por parte da comunicação social. Os media enviam repórteres para as zonas de conflito para obterem um relato próximo e real dos conflitos mundiais.

O jornalismo é o motivo que faz Luís Miguel Loureiro, jornalista da RTP, ir para zonas de conflito. “É saber que, apesar de todas as dificuldades que possamos encontrar, estamos no centro do Mundo”, acrescenta.

Para Alfredo Leite, do “Jornal de Notícias”, o que o alicia a cobrir cenários de guerra é o facto de poder ser um espectador directo dos acontecimentos. “É um privilégio ser testemunha directa da história, porque está ao alcance de poucos. Poder ter esse privilégio vicia”, diz o jornalista.

Alexandra Lucas Coelho, jornalista do Público, considera que são as “circunstâncias que podem fazer com que em determinada altura haja uma sequência de trabalhos” relacionados com zonas de conflito. A repórter acrescenta que, quando esteve no Médio Oriente, iniciou uma relação com esta região. “Quando nós encetamos uma relação com determinado território, que é uma relação forte, é bom que isso tenha uma continuidade”, conta.

“Poder estar nos sítios onde a história está a ser escrita” é a razão que leva Ricardo Alexandre, da Antena 1, a fazer jornalismo em situações de conflito. A mesma motivação salienta Luís Castro, da RTP, pois pode ser “testemunha activa da história e relatá-la para quem está em casa”. É, segundo o jornalista, “sentir, ver, cheirar para poder contar”. A par de tudo isto é necessária “uma certa dose de loucura”.