Nos Censos 2011, os reclusos são colocados na classe dos trabalhadores porque “existe um trabalho e um pagamento correspondente a mais de uma hora na semana de referência” , esclarece Isabel Silva, do INE.

Segundo o serviço de comunicação, estes critérios fazem com que seja considerado “estatisticamente tratado como um emprego, de acordo com as normas internacionais”. Essas normas fazem parte das Recomendações para os Censos da Comissão Económica para a Europa, das Nações Unidas que estão em linha com as normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Quanto ao local onde são recenseados, o INE explica a divisão de duas possíveis situações. Se as pessoas se encontram presas há mais de 12 meses, ou se está previsto que assim continuem por mais de 12 meses após o momento censitário (21 de Março de 2011), são “recenseadas nas prisões através do preenchimento do respectivo questionário individual”. Caso essa sitiuação não se verifique “são recenseadas com as suas famílias”, conclui Isabel Silva.

A situação levanta, mais uma vez, polémica em torno dos Censos 2011, depois de terem sido eliminadas duas perguntas do foro íntimo. Apesar disso, o INE enfrenta agora uma nova crítica.