Quase todas as pessoas gostariam de tirar uns dias de férias, alojarem-se num hotel e serem tratadas com tudo a que têm direito. Na Clínica Veterinária Monte dos Burgos, no Porto, é isso que acontece, não às pessoas, mas ao animais delas, em específico aos cães e gatos. Na verdade, assim que se chega à entrada da clínica, já se ouvem as distantes conversas dos “inquilinos”.

A Clínica Veterinária integra o chamado Hotel Veterinário, equipado com um canil de oito “boxs” (o equivalente aos quartos de um hotel “humano”) e um gatil de sete. O facto de os animais passarem uma espécie de férias, encontra-se de forma curiosa com o motivo pelo qual o hotel foi criado. “O hotel foi criado para que, nas férias, as pessoas pudessem deixar os animais em algum sítio”, afirma Sérgio Paiva, proprietário da clínica e médico veterinário. “O hotel acabou por mudar o estilo de vida de algumas pessoas”, explica.

A clínica, pelo facto de aliar o hotel aos serviços médicos veterinários, deixa ainda mais descansados os donos dos animais que a ela recorrem. Os equipamentos de que dispõe permitem o controlo de alguns tipos de doenças, como as de coração e oftalmológicas. No entanto, por causa dos vários animais que passam pelo hotel, não são aceites “hóspedes” com doenças infecto-contagiosas.

Preço dos alojamentos

Como qualquer outro hotel, o Veterinário Monte dos Burgos tem “quartos” que variam de preço consoante os “hóspedes” que as ocupam. Ser gato, cão, pequeno ou grande são factores que fazem o preço da box variar entre 10 e 18 euros por noite.

O Hotel

Logo que se chega às portas do hotel, os sons que antes se ouviam ao longe aumentam de intensidade. Por esta altura, as boxs não estão todas ocupadas, mas em qualquer período de férias a probabilidade de isso acontecer é muito grande. Situado num espaço amplo e arborizado, o hotel tem dois pátios e, claro, as oito boxs. Os cães nelas hospedados, sejam pequenos ou grandes, costumam sair para os pátios por diversas razões. Se assim não acontecer, o mais provável é vê-los irrequietos, num autêntico “rodopio“.

Isto não quer dizer que as boxs sejam desconfortáveis. Situadas ao lado de um dos pátios, ficam juntas umas às outras para que os cães não se sintam sós. Sempre com uma tigela ao lado da porta para o “quarto”, cada box está equipada com cobertores e um sistema de aquecimento. A alimentação nunca é esquecida e pelas várias divisões encontram-se as rações dos “hóspedes”.

Todas as condições presentes no Hotel Veterinário proporcionam aos animais uma mais fácil ambientação. Ainda assim, Sérgio Paiva considera que o maior conforto está sempre em casa dos donos. Mas o hotel não fica atrás e isso é evidente na tranquilidade e alegria que os animais demonstram.

Esse bom ambiente só não é arruinado se os cães não visualizarem os “inquilinos” do gatil e vice-versa. Normalmente com menos “hóspedes” (no dia em que o JPN visitou o hotel, não havia nenhum), o gatil é composto por sete boxs, que os animais podem partilhar, ao trepar os diferentes patamares.