Os “Homens da Luta” visitaram, este sábado, o Porto. Na Livraria Leitura, no Centro Comercial Bom Sucesso, os músicos marcaram presença na sessão de autógrafos do mais recente projecto da dupla Jel e Falâncio, o livro “Viva a Crise! Manual da Alegria”.

Nuno Duarte, mais conhecido por Jel, disse ao JPN que o principal objectivo do livro foi “separar um bocado as águas”, uma vez que a projecção que os “Homens da Luta” tiveram depois do Festival da Canção provocou “alguma confusão”. Este livro pretende mostrar às pessoas que “os Homens da Luta são personagens de ficção, mas são feitas por gente real”, esclarece.

Viva a Crise! Manual da Alegria” é, assim, “um livro para desdramatizar, uma forma optimista de ver um problema grave”, remata Jel.

Vasco Duarte, Falâncio, acredita que o livro dos “Homens da Luta” vai “superar a Bíblia”. “Movimento em massa” e “mudança” foram as expressões utilizadas por Falâncio no que respeita às expectativas com a edição do livro.

Carmen Maria foi à sessão de autógrafos a pedido da filha, que não conseguiu estar presente. “A minha filha está a fazer o doutoramento em História e isto está tudo relacionado com a história do país e com a luta”, diz Carmen, que levou um exemplar assinado pelos também humoristas.

Já Carlos Duarte, de 23 anos, marcou presença na sessão de autógrafos porque “queria ver” os Homens da Luta “ao vivo”. O jovem conhece o trabalho dos humoristas e acompanha-os “na Internet” desde o início.

Jel e Falâncio cantam o povo, a luta e a alegria

A sessão de autógrafos foi antecedida por uma pequena apresentação musical da dupla. “E o povo, pá?” abriu o cartaz musical dos “Homens da Luta”. Os espectadores cantaram em uníssono e aplaudiram com entusiasmo os humoristas. Seguiu-se o “Fado da Reacção” e a canção “Tarrafal”.

A propósito do Congresso do Partido Socialista, em Matosinhos, os humoristas incluíram no painel “Zé Socras (tem mais encanto)”, uma adaptação de um Fado de Coimbra, efusivamente aplaudida pelos presentes.

“A luta é alegria”, a música que deu aos “Homens da Luta” o título de vencedores do Festival da Canção 2011, “O que faz falta”, original de Zeca Afonso e o refrão “Luta, luta, camarada, luta” lançaram o mote para a participação do público. No entanto, apenas um dos presentes agarrou o megafone para criticar o governo e a situação de instabilidade do país.