Rápidas, económicas, baratas, fáceis de estacionar e com o charme e elegância italiana, as Vespas rodam por várias cidades portuguesas. O veículo de duas rodas da Piaggio é procurado sobretudo pelo “adulto urbano”, como refere Sara Chen, directora-geral da Piaggio Portugal.

Vivem na cidade, de classe média e com idades entre os 30 e os 50 anos. Durante a semana, a mota desenhada por Corradino D’Ascanio é o seu principal meio de transporte e, ao final da semana, procuram as quatro rodas para os passeios com a família. Ferreira Pinto é gerente de um revendedor de Vespas no Porto e constata que o consumidor “adquire o produto não só para a sua mobilidade, mas também porque é algo que as pessoas gostam muito e que tratam de forma diferente da maioria dos veículos”.

Na sua génese, a Vespa era um símbolo da reconstrução do pós II Guerra Mundial em Itália, um veículo robusto e capaz de atravessar um país destruído pela guerra. Mais de seis décadas passaram e hoje a funcionalidade é outra. Numa altura em que os preços dos combustíveis atingem máximos históricos, o mais europeu veículo de duas rodas revela-se uma boa alternativa para poupar dinheiro em deslocações.

Os municípios agradecem a maior afluência de veículos de duas rodas. Ao olhar para grandes capitais europeias como Paris, Barcelona, Milão, Roma e Amesterdão, a quantidade de Vespas que circulam pelos centros urbanos é bastante superior à portuguesa. O benefícios são vários, como a falta de espaço para estacionamento e, também, a redução de emissão poluentes. Tiago Martins é fotógrafo e decidiu restaurar a Vespa que tinha há dez anos em casa. Para o fotógrafo, a possibilidade da Vespa transportar duas pessoas é uma grande vantagem.

“As autarquias beneficiam imenso porque é um veiculo que ocupa pouco espaço, pouco poluente e silencioso”, considera Ferreira Pinto. “A mobilidade é melhor na cidade com as duas rodas do que com quatro”, explica. A tendência é mesmo esta. No futuro prevê-se um maior número de Vespas em cenários urbanos. “Cada vez há mais oficinas especializadas em restauros, as peças são baratas e é um objecto de culto”, afirma o vespista Tiago.

Além das conhecidas vantagens dos veículos de duas rodas, a Vespa circula nas estradas urbanas há 65 anos e revela-se um objecto de culto para várias pessoas. O veículo italiano de duas rodas, que já foi vendido a 17 milhões de pessoas, alia vários factores como a qualidade técnica, segurança e sobretudo o design vintage que conduzem à moda de andar de Vespa.