São mais de 17 500 os desempregados na Madeira. De acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o centro de emprego recebeu mais 14,4% registos, face a Março de 2010.

No final de 2010, as autoridades regionais apresentavam uma taxa de desemprego de 7,5%, metade da taxa agora anunciada pelo IEFP. Esta discrepância tem gerado muitos conflitos entre o Governo Regional, os sindicatos e os partidos políticos. O crescimento sucessivo do desemprego na Madeira é uma realidade cada vez mais presente. Só no primeiro trimestre de 2011, mais duas mil pessoas juntaram-se à lista do centro de emprego.

Em 2003, eram cerca de 6 mil desempregados, mas entre 2008 e 2009, a região sofreu o maior aumento, quando subiu de mais de 8 500 desempregados para cerca de 13 mil.

Mas os dados registados pelo INE e pelo IEFP são diferentes, uma tendência que se tem acentuado desde o final de 2009. O nível do desemprego registado pelos centros de emprego é um valor que resulta das entradas de novos desempregados inscritos. Porém, as anulações feitas pelos seus serviços, fruto de acções de controlo, de reformas ou de políticas de emprego atenuam os valores.

Já os números do INE subavaliam o fenómeno do desemprego. Consideram, apenas, os que não trabalham na semana em que é feito o estudo, mas que procuraram activamente emprego nesse período.