De acordo com a Agência Lusa, mais de cinco mil pessoas já assinaram a petição pela legalização do consumo de cannabis e derivados. A recolha de assinaturas vai decorrer até ao próximo Outono, altura em que o documento vai ser entregue no Parlamento.

O movimento Marcha Global da Marijuana (MGM), que é o responsável pela recolha de assinaturas, organiza todos os anos, no primeiro sábado de Maio, marchas contra a proibição da substância em pelo menos 200 cidades espalhadas por todo o mundo, inclusive Porto e Lisboa.

Os responsáveis pelo documento alegam que esta medida poderia contribuir “para acabar com o défice”, uma vez que a cannabis comercializado legalmente estaria sujeito a um imposto semelhante ao utilizado no tabaco. Os autores do texto sugerem ainda que a receita obtida com a venda da substância seja usada em “políticas de prevenção do consumo de drogas duras, recuperação de toxicodependentes ou campanhas de informação” e poderia pôr termo aos lucros obtidos através do tráfico.

A petição alega que a proibição do consumo de cannabis contribui para deixar o consumidor “exposto a riscos e outros tipos de drogas”, uma vez que as substâncias comercializadas ilegalmente “são frequentemente adulteradas”, o que constitui “um risco para a saúde pública”.