Frederico Gil volta ao Estoril Open, um ano depois de ter sido derrotado na final pelo espanhol Albert Montañes. Esta terça-feira tem a sua primeira partida no torneio português, onde vai defrontar o italiano Flávio Cipolla, que eliminou no Masters 1000 em Monte Carlo.

O ténis é uma paixão antiga do desportista português. Desde criança que Frederico Gil queria participar nesta modalidade e foi aos cinco anos que começou a jogar. Actualmente, Frederico Gil ocupa o 62.º posto no ranking da Associação Tenistas Profissionais (ATP), sendo o tenista português com a melhor classificação de sempre neste ranking mundial.

O atleta português tem participado em várias competições internacionais, como o Roland Garros e o Wimbledon. Este ano alcançou os quartos de final no torneio de Nápoles e no Masters 1000 de Monte Carlo. Em entrevista por e-mail ao JPN, o tenista português conta como surgiu o sonho do ténis e as características fundamentais para ser o melhor tenista português de sempre.

Perfil

Frederico Gil nasceu em Lisboa a 24 de Março de 1985 e é, actualmente, o melhor tenista português. O atleta de 26 anos, com 178 cm e 70 kg, subiu ao 62.º lugar no ranking ATP. Enquanto júnior ganhou um título na Bolívia e, em 2003, venceu o título júnior na modalidade, na Argentina e em Portugal. Competiu nos torneios Roland Garros, Winbledon e US Open e chegou aos quartos de final do ATP World Tour Masters 1000 Monte Carlo e do torneio de Nápoles. Frederico Gil é treinado por João Cunha Silva, ex-tenista ATP e está, mais uma vez, no torneio Estoril Open, no qual foi finalista em 2010.

Ser tenista foi sempre aquilo que quis fazer?

Desde pequeno que gostava e queria muito jogar ténis. Tive a sorte e oportunidade de vivenciar aquilo que tenistas profissionais faziam de perto e foi aí que disse que queria aquilo para mim. Na altura, era um sonho que pude concretizar.

Como é ser o tenista português com a melhor posição de sempre no ranking?

Tem um bom significado, mas o mais importante é o trabalho do dia-a-dia, a maturidade como jogador e pessoa. Isso sim, traz-nos felicidade e orgulho naquilo que fazemos e nos faz caminhar no sentido correcto.

O que significou estar nos quartos-de-final do Masters 1000?

Para mim foi mais um sonho. Sempre sonhei jogar em Monte Carlo e via na televisão o torneio. Foi uma excelente semana.

Onde gostava de chegar enquanto tenista? Quais as metas que ainda pretende alcançar?

Tenho tanta coisa a melhorar, principalmente a minha regularidade de rendimento, ainda não consigo ser muito regular ao longo do ano inteiro.

O torneio Estoril Open tem uma importância especial, uma vez que se realiza em Portugal?

Sim, gosto muito de jogar em casa e com o nosso público. É o meu torneio preferido.

Qual a melhor competição em que participou?

Acho que os Grand Slams.

E a competição que lhe traz piores recordações?

A maior experiência foi na Nigéria.

Qual o torneio que mais gosta de jogar?

Estoril Open, Miami, Roland Garros, Wimbledon.

Que características considera essenciais para se ser um bom tenista?

Muita força de vontade, sacrifício. Ser persistente. Aceitar e melhorar quem somos.