Os cortes orçamentais e a retenção adicional de receita, nomeadamente das propinas, que a Direcção-Geral do Orçamento está a aplicar, põem em causa o futuro da Universidade de Lisboa (UL). O aviso é do conselho geral da UL, numa deliberação adoptada recentemente.

“Mesmo com um cenário de redução das despesas com pessoal (9%) e de restrições sobre as outras despesas de funcionamento (15%), a Universidade de Lisboa enfrentará sérias dificuldades de natureza orçamental”, pode ler-se na deliberação.

Para já, a instituição prevê um défice global de 21.7 milhões de euros, mas a situação pode agravar-se nos próximos anos e, inclusivamente, impedir o funcionamento dos serviços mínimos da Universidade. A situação de ingovernabilidade pode apenas ser compensada caso a instituição recorra às verbas destinadas ao contracto de confiança.

“Os constrangimentos orçamentais e as sucessivas limitações à sua execução estão a impedir a substituição do pessoal docente e de investigação da UL”, refere ainda a deliberação.