Barracas, palcos e diferentes diversões podem ser encontrados no Queimódromo. Uma equipa enorme constituída por estudantes, membros da Federação Académica do Porto (FAP), polícia, enfermeiros, segurança e muitos outros encontram-se nos bastidores da Queima das Fitas do Porto.

A montagem de cada barraca fica a cargo dos seus exploradores. Com os mais variados nomes, exploradas por associações de estudantes ou grupos de amigos, as barracas da Queima podem ter variadas formas e diferentes estilos. Algumas reciclam-se de ano para ano, outras são bastantes simples, com uma estrutura estável a ponto de se aguentar durante a semana de festa, mas também se podem encontrar barracas criativas, onde várias centenas de euros e muito tempo foram investidos.

Miguel Oliveira, membro da FAP, afirma que, no Queimódromo, podemos encontrar “barraquinhas que custam poucas centenas de euros e outras que chegam a altos preços”. A barraca de Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) já foi “reciclada” duas vezes. Este será o terceiro ano em que servirá todos aqueles que procurem as habituais bebidas de Queima. Com uma estrutura simples, a barraca fica pronta em poucos minutos, explica Rui Gonçalves. O estudante de Engenharia Informática afirma que a mesma “talvez fosse melhor”, se houvesse “fundos para tal”. “Mas, para o que nós queremos, que é divertir-nos, serve perfeitamente”, esclarece.

O ambiente vivido nas tardes que antecedem a semana mais importante para os estudantes da cidade do Porto é de diversão, descontracção e espírito de equipa. Os diferentes estudantes que se ocupam da construção das barracas da Queima partilham materiais, trocam ideias e, em tardes de muito sol, bebem uma cerveja à sombra enquanto trocam ideias.

O recinto não parece o mesmo. Dias antes do início das festividades, o Queimódromo parece incompleto. Em frente ao palco principal, alguns camiões de dimensões grotescas, apoiam as dezenas de pessoas encarregues da montagem daquele que é o solo dos diferentes artistas convidados para actuar nas noites. Este ano, o palco principal é uma novidade. “É uma estrutura única em Portugal”, afirma o membro da FAP.

À noite, na Queima

“A Queima das Fitas do Porto é a melhor do país, não só por ser a maior, mas também por ser a que tem maiores preocupações com a qualidade e com os pormenores”, afirma o membro da FAP. Nas oito noites, os diferentes membros da FAP dividem-se e ocupam diferentes funções.

Num dia normal de Queima, os cuidados da FAP são inúmeros. “Temos que nos preocupar com a segurança dos estudantes, ter cuidados com a saúde e com a higiene no recinto”, explica Miguel Oliveira. O gabinete clínico, por exemplo, “é muito importante”, pois socorre “várias emergências por noite”. “As concessões são outra das nossas prioridades, nomeadamente com o fornecimento de comidas e de bebidas, pois tudo tem que estar dentro da lei”, explica.