O “Dia Internacional da Guerrilha Girassol” comemora-se a 1 de Maio, um pouco por todo o Mundo. Em Portugal, a iniciativa tem ganho cada vez mais adeptos.

A Guerrilha Girassol é, “antes de mais, um acto de cidadania”. Quem o diz é Maurício Umann, da organização da Jardinagem de Guerrilha. “É um evento internacional lançado pelo Brussels Farmer, em 2006, que visa trazer às cidades a consciência ambiental, despertando para uma necessária mudança baseada na acção individual”. Esta iniciativa, igualmente divulgada pelo Guerrilla Gardening de Londres, “pretende trazer aos cidadãos urbanos, e não só, a possibilidade de intervenção local com o acto de semear e cuidar de uma planta”, afirma.

A 1 de Maio, a Jardinagem de Guerrilha prepara-se para plantar girassóis algures por aí. É “um movimento internacional livre”, em que os cidadãos se unem para “cuidar de espaços degradados e abandonados nas cidades”, diz Maurício Umann. “Pretende-se trazer beleza e alegria às pessoas que vivem nas cidades” despertando o interesse em “questões ambientais e sociais prementes”. O objectivo é, “acima de tudo, aproximar as pessoas delas próprias, fazendo valer o seu poder individual de efectivar uma mudança nas suas próprias acções”, remata.

Em Portugal, o objectivo é “criar um senso de comunidade e de partilha”, tal como acontece em outros países. “Sentimos cada vez mais a necessidade de estarmos ligados à natureza, sentimos a liberdade e o poder de construir um mundo melhor, ao mesmo tempo que estamos a perceber que está nas nossas mãos essa mudança”, conta.

A organização apela à participação de todos

Qualquer um pode participar. Basta que “se disponibilize a arranjar umas sementes de girassol”. Maurício Umann acrescenta que a plantação pode ser feita “em qualquer lado”, mas sugere “locais abandonados ou degradados”. “Pode ser na nossa rua, no nosso caminho para o trabalho, nos jardins em frente a nossa casa, nas nossas varandas, em estações de comboio, junto à árvores nas rua”, explica.

Depois de compradas as sementes, de preferência sem modificações genéticas, basta fazer um buraco na terra com dois a cinco centímetros. Mas atenção: é preciso tomar conta da planta e regá-la com regularidade.

“Ao semearmos uma semente de girassol, estaremos a fazer uma metáfora com as sementes que temos todos que plantar nas vidas uns dos outros: as sementes de partilha e de cuidado com o planeta, bem como as sementes de união em torno de um objectivo comum”, finaliza.

Para participar nesta iniciativa, basta aderir ao grupo Jardinagem de Guerrilha, no Facebook.