A reitoria recebeu, esta terça-feira, o ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, o reitor da Universidade do Porto, Marques dos Santos, e elementos das Forças Armadas para a assinatura de um protocolo entre a UP e o Ministério da Defesa.

O acordo prevê “dotar o país de sistemas e veículos não tripulados que afirmem Portugal como líder nesta área tecnológica”. O ministro da Defesa Nacional refere que é “um protocolo muito útil para o desenvolvimento das capacidades das Forças Armadas”, para o desenvolvimento tecnológico nacional e para “afirmar a soberania” do país.

Para Augusto Santos Silva, este acordo vai “afirmar a posição portuguesa” de destaque na área e desenvolver “capacidades existentes nas Forças Armadas e na Universidade do Porto”. Esta cooperação entre as instituições insere-se numa “estratégia nacional de desenvolvimento tecnológico de defesa”.

“Nós precisamos disto do ponto de vista das missões militares e de segurança que nos compete cumprir e podemos ser país líder neste domínio”, referiu o ministro. A assinatura do protocolo é, para Augusto Santos Silva “uma espécie de crisma, uma renovação de votos”, uma vez que a cooperação com a UP já não é de agora.

Para o reitor da UP, o acordo representa um desafio para a universidade e insere-se no objectivo de internacionalização, podendo ajudar a instituição a continuar a “escalada de chegar às cem melhores do Mundo”.

O protocolo de desenvolvimento de um programa de sistemas aéreos e submarinos não tripulados, segundo Marques dos Santos, revela a “abertura da Universidade do Porto ao exterior” e contribui para o desenvolvimento do país. O reitor diz que o acordo se insere numa “área em que a UP é pioneira e nicho de excelência, não só no país, mas também a nível internacional”. Por isso, Marques dos Santos espera que esta nova cooperação seja “um sucesso tão grande ou maior do que já tem sido”. “O protocolo vai ser um grande sucesso”, acredita.

“A ameaça terrorista não terminou”

Augusto Santos Silva, no rescaldo da morte de Bin Laden, refere que é preciso “ter consciência que a ameaça terrorista não terminou no domingo passado”. O ministro da Defesa Nacional acredita que é de “esperar que haja modificações na natureza, na intensidade e no direccionamento dessa ameaça”. No entanto garante que “Portugal está preparado para isso”, uma vez que possui instituições de segurança e defesa nacional para responder à “ameaça transnacional” que é o terrorismo.

A morte de Bin Laden, para o ministro, representa “um resultado que é histórico no combate à ameaça terrorista” para as democracias e a comunidade internacional.