“O Porto não foi esquecido, nos últimos anos, essa ideia não tem suporte na realidade”, salienta Francisco Assis, candidato do Partido Socialista (PS) às Legislativas, pelo Porto. Aos jornalistas, na última sexta-feira, o candidato à Assembleia da República realçou que “nenhuma região do país teve tantos investimentos públicos como o Porto”.

Francisco Assis destaca que na região do Porto se realizaram “múltiplos investimentos nos últimos anos, no sentido de garantir uma maior qualificação dos recursos humanos”. “Apostar nas pessoas, na educação, na formação, na universidade, na investigação científica, na inovação, no incentivo à criação de novas empresas, em áreas inovadoras e na modernização de todo o tecido empresarial” são as prioridades do PS.

“Crise política precipitou necessidade de recorrer a ajuda” externa

No que se refere à redução da Taxa Social Única (TSU), com consequências na “sustentabilidade financeira do regime de Segurança Social público”, o deputado do PS afirma que o partido admite fazer uma “mexida cirúrgica bem ponderada e devidamente estudada”. Francisco Assis acusa o PSD de não “estudar a compensação fiscal pela adopção de uma medida desta natureza”.

Quanto à ajuda do FMI, o deputado do PS ressalva que não foi o partido que decidiu, por “auto-recriação, recorrer à ajuda externa”. “Tivemos uma crise política” que “precipitou tudo e levou à necessidade de recorrer à ajuda”, afirma o cabeça de lista pelo Porto.

“Não hostilizamos os partidos políticos, todos somos necessários”

Francisco Assis não comentou uma previsão paro o dia 5 de Junho. No entanto, o deputado assegura que o PS “conta com todos os partidos no plano parlamentar”. “Não hostilizamos nenhum partido político”, narra o deputado, reafirmando que contam, “naturalmente, com o PSD” pois todos são “necessários para construir o futuro do país”.

“Nós somos a favor das regiões, mas este não é o momento para fazer o referendo”, esclarece o deputado do PS. Reduzir as freguesias é uma pretensão do Partido Socialista para a região do Porto. Quanto aos municípios, defende que se deverão manter, uma vez que “não há a mais”.

“O Porto, no país, é uma cidade e região com uma grande capacidade de iniciativa e relacionamento com o exterior”, considera Assis. “Temos historicamente relações mais abertas com o Mundo” e “estamos habituados a enfrentar as dificuldades, a superá-las, a inventar a inovar”. Esta região tem uma “grande capacidade de iniciativa e tem de continuar”, resume Francisco Assis.