O deputado e candidato pelo círculo do Porto às eleições legislativas de 5 de Junho, Jorge Machado, deslocou-se ao estaleiro de Monte Aventino no âmbito de uma acção de pré-campanha com trabalhadores da Câmara Municipal do Porto (CMP).

Jorge Machado sublinha que estas acções são “de grande importância”, já que permitem “esclarecer as informações que são divulgadas pelos órgãos de comunicação social”. O deputado destaca a preocupação do seu partido com os operários e diz que “o PCP sempre esteve ao lado dos trabalhadores”.

Quando confrontado pelos trabalhadores com os resultados eleitorais das últimas eleições, Jorge Machado admitiu que “é possível inverter a tendência da votação” no PS e no PSD e diz que “está na altura de castigar” estes partidos. Para isso, segundo o deputado, “é necessário que as pessoas votem em programas alternativos e acabem com a abstenção”.

O candidato da CDU pelo Porto considera que o país “vai piorar” nos próximos quatro anos, devido “às políticas do FMI”. Jorge Machado diz que as propostas da CDU pretendem “aliviar a recessão”, através de projectos como “a alteração do regime de contrato de trabalho, o sistema de avaliação de desempenho e o aumento do salário mínimo nacional”. De todas as propostas, o deputado realça a intenção de “reindustrializar o país e aumentar o investimento público” como motes da campanha da CDU. “Temos clima, mar, indústria e capacidade que é preciso rentabilizar”, sublinha Jorge Machado.

Em relação ao Porto, o deputado lamenta que “o investimento público na região seja dos mais baixos do país”, destacando a intenção da CDU de apostar neste sector, de forma a “aumentar a riqueza”.

Trabalhadores da CMP esperam “aumento dos salários”

Manuel Sousa, operário da construção civil da CMP, admite a importância das acções de campanha por parte dos partidos. “É bom que as pessoas tenham conhecimento dos programas eleitoriais”, realça. Se pudesse formular um pedido aos dirigentes políticos do Porto, Manuel Sousa escolhia “o aumento dos salários”.

O trabalhador camarário admite não ter votado nas últimas eleições legislativas, mas diz que não vai faltar à mesa de voto no próximo dia 5 de Junho, para “castigar os favoritos”.