Qual é o nome dele? Rodríguez, James Rodríguez. Até se poderia acrescentar ao nome a designação de “003”, visto que foi esse o número de golos marcados pelo extremo do FC Porto na final da Taça de Portugal, frente ao V. Guimarães. No fundo, um jogador com licença para marcar.

Também se poderá dizer que André Villas-Boas utilizou-o como um agente secreto, porque, na verdade, foi uma espécie de surpresa no “onze” inicial do FC Porto.

Com Falcao lesionado, perspectivava-se que o treinador “azul-e-branco” desse uma oportunidade a Walter, o suplente natural, e colocasse nas alas Varela e Hulk. Não foi o que aconteceu, tendo sido Hulk a jogar como ponta-de-lança, e Varela e James a completarem o tridente ofensivo. Ainda bem que assim foi para os portistas que, com esta vitória, sobem para quatro o número total de troféus conquistados esta temporada.

FC Porto 6 – 2 V. Guimarães

Antes da última partida de futebol da época em Portugal, questionava-se se os jogadores do FC Porto teriam a energia suficiente, depois da conquista europeia, para disputar, de igual para igual com o V. Guimarães, mais uma final. Quem mantinha essas dúvidas momentos antes do apito inicial de João Ferreira, viu-as desfeitas através da entrada de “dragão” dos portistas.

O ritmo intenso imposto pelo FC Porto levou, inclusive, que logo aos dois minutos de jogo já um golo “morasse” na baliza do V. Guimarães: 1 – 0. Quem marcou? James Rodríguez. Como já foi referido, o jogador colombiano foi um dos titulares dos “azuis-e-brancos” que, como também já foi referido, fez “tripla” com Hulk e Varela. De resto, destaque para a entrada de Maicon para o eixo da defesa, derivado da lesão de Otamendi, e para a titularidade de Belluschi em detrimento de Guarín.

Por sua vez, Manuel Machado punha em campo Nilson a guarda-redes, Alex, Freire, João Paulo e Anderson na defesa, Cléber, Renan e Rui Miguel no meio-campo e Targino, Faouzi e Edgar no ataque. Uma estratégia ofensiva, para discutir a vitória com o FC Porto, mas quase impossível perante o início de jogo avassalador dos “dragões”.

Quase impossível porque, a determinada altura, até pareceu ser possível. Os vimaranenses equilibraram a partida e aos 13 minutos iam azarando o resultado para os portistas, através de um remate de…joelho de Edgar. Beto defendia o lance. Mas se não foi aos 13, foi aos 19. O empate chegava por um jogador do FC Porto. Na sequência de um livre junto à linha lateral, na direita, a favor do Guimarães, a bola foi posta na área, desviada por Rolando para a baliza e, com a tentativa de a tirar do rumo indesejado, Álvaro Pereira cabeceava para o fundo das redes: 1 -1.

O problema é que os minhotos nem tempo de festejar tiveram. Passado um minuto, já Varela tinha feito o 2 – 1 para o FC Porto. A passe de quem? James Rodríguez. Mas também os portistas não tiveram tempo de festejar a vantagem. Aos 22 minutos, através de um canto e uma “cabeçada” potente, Edgar empatava de novo a partida: 2 – 2. O jogo estava louco, mas bom. A partir daí, acalmou um pouco, mas aos 34 minutos, Rolando, na sequência de um livre e de um cabeceamento de Maicon ao ferro, recarregava para o 3 – 2. Quem marcara o livre? James Rodríguez.

Na verdade, o 4 – 2 foi o único golo que não teve assinatura do jovem colombiano na jogada. Foi aos 41 minutos, quando Hulk decidiu bater um canto de forma directa e surpreendeu Nilson que, ainda assim, não ficou isento de culpa. Em cima do intervalo, o FC Porto subiu e desceu. Isto porquê? Porque ora esteve no “inferno”, ora esteve no “céu”. Explique-se: aos 45 minutos, o V. Guimarães beneficiou de um pénalti que poderia equilibrar o jogo, mas o guardião portista, Beto, defendeu a conversão de Edgar. No lance seguinte, os “dragões” lançaram um contra-ataque “letal”, que só parou no fundo da baliza de Nilson. James Rodríguez fazia o 5 – 2.

O descanso chegava e os “azuis-e-brancos” iam tranquilos para os balneários, com uma goleada construída. A segunda parte foi “pior” jogada, já que a partida estava quase decidida. Destaque para o minuto 67, quando Edgar apareceu isolado frente a Beto, mas não conseguiu ultrapassar a “mancha” do guarda-redes e, finalmente, para o minuto 72, momento em que o inevitável James Rodríguez completava o seu nome de código (003), através do hat-trick, que consumava o 6 – 2 final, e o quarto título do FC Porto esta temporada.