Quando quase 100% dos votos já se encontravam escrutinados, a Agência Lusa adiantava que os votos brancos e nulos foram a 4.ª força política mais votada nas eleições municipais do passado domingo, em Espanha.

Num universo de cerca de 23 milhões de eleitores, os votos brancos representaram 2,54% e os nulos 1,69%. Os espanhóis elegeram candidatos para 13 governos regionais e oito mil autarquias.

No final do escrutínio, o Partido Popular (PP) revelou-se o grande vencedor das eleições, pela sua vitória na zona da Extremadura, uma das regiões com tradição fortemente socialista, do partido Partido Socialista Obrero Español (PSOE). O Partido Popular obteve 32 deputados, mais cinco que em 2007 e, no final do escrutínio, o PP obteve um crescimento de mais de sete pontos percentuais.

Os socialistas do PSOE perdem a maioria absoluta, com menos 10,11% e a Esquerda Unida (IU) entra no parlamento com três deputados e um pequeno aumento no número de votos.

No total registaram-se mais de 971 mil votos brancos e nulos, um aumento de 1,14% face aos resultados verificados em 2007.

Confirmando uma tendência desde os anos 90, o voto em branco foi o mais elevado de sempre em Espanha. Este valor recorde revela-se, segundo alguns espanhóis, um efeito das manifestações que duram há uma semana em várias praças espanholas.

As manifestações da “Democracia Real Já“, em Madrid, e nas várias cidades europeias que se revelam solidárias com a causa espanhola, devem permanecer por mais uma semana.