Como reagiu ao saber que foi seleccionado como encenador do Royal Opera House?

Quando passei a primeira fase do concurso, para ir às entrevistas, o e-mail começava de forma diferente, então quando li o início deste último achei que não tinha sido seleccionado. Ao continuar a ler não queria acreditar. Achei que não estava a traduzir bem. Tive de o ler três vezes para acreditar… fiquei sem reacção. A segunda reacção foi dizer que já não queria ir. A terceira foi: estás doido!

É a primeira vez que trabalha além-fronteiras?

Sim. Apenas tive algumas participações em festivais de teatro, mas nada parecido com um contrato de dois anos!

Sente que o seu trabalho é reconhecido em Portugal?

Não e sim. Não, pelas grandes companhias ou teatros com programação cultural. E sim, por algum público e interpretes que já reconhecem o meu trabalho nas áreas da ópera e teatro musical.

Considera que esta será a grande oportunidade da sua vida e da sua carreira?

Não sei. É uma excelente oportunidade, se é a grande oportunidade da minha vida ou carreira, não sei. Espero ter ainda mais oportunidades! Apenas fico muito contente pelo meu trabalho ser reconhecido na melhor casa de ópera do mundo. E espero aprender muito com todos os maravilhosos mestres que lá trabalham.

Já fez alguns contactos no Royal House Opera?

Os jovens artistas tiveram uma semana de introdução em Abril para nos ambientarmos e nos conhecermos. Fazem essa semana para o choque não ser tão forte quando iniciarmos o contrato em Setembro. E realmente foi um choque… muito positivo!

O que espera encontrar lá?

Tudo o que um encenador necessita (e muito mais) para poder criar e aprender.

Pretende trabalhar em Portugal ou no estrangeiro?

Não posso colocar uma barreira física na minha carreira. Irei trabalhar onde houver lugar para as minhas criações serem apreciadas.