A Feira do Livro do Porto que decorre, entre 26 de Maio e 12 de Junho, na Avenida dos Aliados, vai contar com 200 editoras, distribuídas por 126 pavilhões. Segundo Avelino Soares, director da Feira do Livro do Porto, as expectativas para a edição deste ano passam por “manter o bom nível da Feira do ano passado”.

Tal como na edição de 2010, a maior montra de livros da cidade do Porto vai contar com actividades como música e cinema que “ajudam a animar o ambiente”, refere Avelino Soares. A principal novidade é a manutenção da parceria com a Escola Superior de Artes do Espectáculo (ESMAE), que pretende “complementar a vertente literária com uma vertente académica”, revela o director da Feira.

A maior montra livreira da cidade do Porto tem lugar nos Aliados, pelo terceiro ano consecutivo, depois de vários anos instalada no Pavilhão Rosa Mota. Para Avelino Soares, a Baixa “continua a ser o local indicado para a realização da Feira do Livro”, já que fornece condições “óptimas em termos de acessibilidade, espaço e transportes”. O director da Feira do Livro do Porto admite que “há outros locais apropriados na cidade do Porto” para a realização deste evento literário. No entanto, a Feira do Livro “vai manter-se nos Aliados nos próximos dois anos”, revela Avelino Soares.

Durante 18 dias, a Feira do Livro vai ser palco de conversas com autores, apresentações, lançamentos e autógrafos, mas também de sessões de cinema e concertos. Este ano, o horário da Feira foi novamente alargado: de segunda a sexta-feira a abertura é às 12h30 e ao fim de semana às 11h. De Domingo a quinta-feira, o certame encerra às 23h00 e às sextas e sábados à meia-noite. A inauguração oficil é já na próxima quinta-feira, dia 26, às 18h.

Plataformas digitais ficam de fora “por falta de espaço”

Na Feira do Livro de Lisboa, que encerrou a 15 de Maio, as editoras apostaram nos formatos digitais. Leya e Babel promoveram espaços dedicados à consulta de livros digitais, através dos e-books. No entanto, esta nova forma de folhear livros parece estar longe da Feira do Livro do Porto. José Menezes, da Leya, admite que a editora “não vai trazer plataformas digitais” devido a “condicionantes de espaço” da Avenida dos Aliados.

Danos provocados pelos festejos do FCP não atrasam a abertura

A organização da Feira do Livro do Porto chegou a admitir a hipótese de atrasar a abertura da feira, ou mesmo cancelar o certame, devido aos danos causados nos pavilhões durante os festejos dos adeptos do FCPorto. No entanto, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) assegura que a Feira vai abrir na próxima quinta-feira.

Miguel Freitas da Costa, secretário-geral da APEL, refere que os estragos provocados pelos festejos “afectaram grande parte da estrutura dos pavilhões, principalmente das editoras Leya e Porto Editora”. Numa primeira estimativa, os estragos da reparação “rondam os 40 mil euros”, pagos pela APEL, já que segundo Miguel Freitas da Costa, “não é possível exigir responsabilidades a ninguém e a APEL não tem seguro que cubra estes danos”. No entanto, existe a possibilidade de “tanto a Câmara como o Futebol Clube do Porto participarem com uma verba, se assim o entenderem”, revela Miguel Freitas da Costa ao JPN.