O presidente da Sérvia confirmou, esta quinta-feira, em conferência de imprensa, de acordo com a televisão sérvia B92, a detenção de Ratko Mladic, antigo chefe militar dos sérvios da Bósnia, durante a guerra de desintegração da Jugoslávia. O homem, que era procurado há anos por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio, usava, segundo a B92, um nome falso, Milorad Komadic.

Boris Tadic, presidente sérvio, referiu que o processo de extradição de Ratko Mladic já está a decorrer. Mladic será julgado no Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda. A detenção do ex-militar foi uma das imposições que Bruxelas pôs para que fossem feitas negociações com vista à adesão do país à União Europeia.

De acordo com a B92, a operação iniciou-se quando foi recebida uma informação de que um homem, que se chamava Milorad Komadic, “possuía alguns documentos de identificação de Ratko Mladic e era fisicamente muito parecido com ele”.

Ratko Mladic foi comandante das forças sérvias na guerra da Bósnia entre 1992 e 1995. O ex-militar é acusado de genocídio, vários crimes, como a morte de cerca de 7500 mulçumanos em Sbrenica, em 1995. Mladic desapareceu de Belgrado depois da prisão de Slobodan Milosevic, antigo presidente da Jugoslávia, em 2001.