No seguimento da participação de alguns dos apoiantes na Assembleia Municipal de 16 de Maio, o movimento Es.Col.A decidiu redigir uma carta aberta a Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), a Guilhermina Rego, vereadora do Conhecimento e Coesão Social e a Wilson Faria, presidente da Junta de Freguesia de Santo Ildefonso.

Contudo, a mensagem vai, em grande parte, para Rui Rio, na medida em que, naquela assembleia, o presidente da CMP disse estar receptivo a ideias e projectos para o espaço agora “emparedado”, mas, como refere a carta, “retirou-se sem ouvir a (…) intervenção” dos representantes do Es.Col.A.

O que os voluntários do movimento pedem, neste momento, é o “desemparedamento do edifício” e uma “autorização de utilização precária” da antiga escola primária da Fontinha. Para dar força ao pedido, na carta é relembrado o trabalho de limpeza levado a cabo pelo grupo de voluntários e as inúmeras actividades promovidas no espaço, que eram do agrado da população.

Para além disso, é referido que o projecto é” verdadeiramente auto-sustentável” e que não existe nele “desejos economicistas”. Pelo meio, ainda se atiram algumas críticas à acção da polícia, aquando do despejo dos “okupas”, enquanto se argumenta que não existiam razões para esse cenário, visto que a ocupação não pretendia “usurpar o imóvel, nem tão pouco vandalizá-lo”.

No fim da carta, ficou o convite à vereadora do Conhecimento e da Coesão Social, Guilhermina Rego, para comparecer dia 13 de Junho em mais uma das muitas assembleias populares realizadas no Largo da Fontinha, com vista a “discutir pormenores e clarificar dúvidas” acerca da actual situação do Es.Col.A.