Para Francisco Assis, candidato do Partido Socialista (PS) às legislativas pelo distrito do Porto, a região está a “atravessar uma fase de alteração do seu perfil económico”, o que causa “problemas sérios e graves”, como o “aumento do desemprego” e o “aumento potencial da probreza”. Para combater tal situação, é preciso “prosseguir no esforço levado a cabo para alterar o perfil económico da região” e “investir na educação, na investigação cientifica, na inovação, no incentivo à criação de novas empresas e na modernização do tecido empresarial” realça o candidato.

Francisco Assis destaca que “o Porto foi um distrito onde se realizaram múltiplos investimentos nos últimos anos”. Os investimentos foram, sobretudo, “na qualificação dos recursos humanos”. “Valorizamos o território de uma forma muito clara”, esclarece. “Quando estamos numa crise, devemos apostar nos apoios sociais e esses mantêm-se adaptados às circunstâncias económico-financeiras actuais”, reforça o deputado do PS. Embora o aumento ao recurso dos apoios sociais seja uma “factor negativo”, Francisco Assis explica que “há uma resposta da parte do Estado” no sentido de impedir que as pessoas “caiam em situações de pobreza e miséria”.

Relativamente às acusações de outros partidos relativamente a uma eventual negligência por parte do Governo em relação à região, Francisco Assis é claro. “O Porto não foi esquecido nos últimos anos. Essa ideia de que o Porto foi esquecido não tem suporte na realidade”, salienta. “O Porto teve muitos investimentos públicos nos últimos anos” destaca, pois “não é possível promover o desenvolvimento do país” se não houver aqui uma “região activa empreendedora e com capacidade para se impor”.

Já no capítulo da ajuda externa ao país, o deputado do PS entende que tal era “inevitável”. Contudo, Francisco Assis sustenta que não foi o partido que decidiu, por “auto-recriação, recorrer à ajuda externa”. “Tivemos uma crise política que precipitou tudo e levou à necessidade de recorrer à ajuda”, afirma o cabeça de lista pelo Porto. No que se refere à descida da Taxa Social Única, com “consequências sociais e económicas muito negativas”, Francisco Assis admite mexer na taxa, mas de forma “cirúrgica, bem ponderada e devidamente estudada”.

Sem adiantar uma previsão paro o dia 5 de Junho, Francisco Assis assegura, no entanto, que o PS “conta com todos os partidos no plano parlamentar”. “Não hostilizamos nenhum partido político e contamos, naturalmente, com o PSD”, pois “todos somos necessários para construir o futuro do país”, refere.