“Neste quadro de austeridade do programa do FMI, os subscritores são o PS, o PSD e o CDS” porque aprovaram o “PEC I, II e III” salienta Honório Novo, candidato às legislativas pela Coligação Democrática Unitária (CDU), que é composta pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecológico os Verdes – PEV).

“Se Portugal está à beira do abismo”, tal é “consequência dos partidos que governaram o país nos últimos 35 anos”, salienta o deputado da CDU. Tal se deve ao facto de “PS, PSD ou PSD com CDS” terem levado a economia a tornar-se “profundamente dependente do estrangeiro”. Estes partidos conduziram à “destruição do tecido agrícola, das pescas, da indústria” sobretudo no distrito do Porto, salienta. “O PSD, PSD e CDS afundaram a região do Porto”, diz.

Honório Novo acrescenta, ainda, que os responsáveis pela situação actual do país foram os governos que praticaram “políticas económicas suicidas, de destruição da capacidade produtiva nacional e de privilégio e benefício das actividades especulativas dos produtos financeiros”. Como alternativa a esta situação, a CDU aponta “o fomento do crescimento, o aumento das receitas, o combate à invasão fiscal e a busca da quebra das receitas fiscais resultantes das diminuições fiscais”.

“Sócrates tem desprezado o distrito do Porto”

Segundo Honório Novo, o governo de José Sócrates “tem desprezado, ao nível do investimento público, o distrito do Porto”. Por cá, “o investimento per capita é de 38 euros por habitante”, refere, enquanto que “o valor médio nacional é de 213 euros”. Neste sentido, é necessário, para a CDU, “elaborar um plano urgente para os dez concelhos do interior do distrito” e “encontrar caminhos económicos para a região adquirir estratégias de investimento”.

Relativamente à ajuda externa, a CDU apela à necessidade de “desbloquear o labirinto financeiro em que Portugal se meteu nos últimos tempos”, através “não de uma contratação de um empréstimo junto do FMI, pago a juros ainda não definidos”, mas “através da renegociação da dívida, aumentando os prazos e diminuindo os juros”, aponta Honório Novo.