“A diminuição da despesa pública tem que acabar de uma vez por todas”, adverte Paulo Alves, candidato às legislativas pelo Partido Popular Monárquico (PPM) pelo círculo do Porto. “Chega desta má gestão dos dinheiros públicos”, censura.

O candidato do PPM salienta que o país precisa de “mais receita pública”, de valorizar o “património fundiário” e, sobretudo, de “acabar com o país de cigarras e passar para o país de formigas”. “Temos que produzir, produzir, produzir”, reforça Paulo Alves. A principal medida para o aumento da produção deve passar pela “divulgação detalhadíssima de tudo aquilo que diariamente importamos”, pois se todos os “portugueses tiveram noção do que é importado” vão surgir oportunidades para se começar “a produzir em Portugal”, comenta o candidato.

Na região do Porto, são “três as grandes áreas importantes” para o partido. “O calçado”, que surge “em Felgueiras como grande pólo de desenvolvimento”, o imobiliário na “área de Paços de Ferreira e Paredes”, e, por último, a “indústria”, explica Paulo Alves.

Os problemas da zona do Porto começam nos “principais partidos”, que “colocam pessoas à cabeça das suas listas que não são verdadeiramente do Norte”, entende o monárquico. Ou seja, a “representatividade” da região “é mal feita”, declara.

O PPM, criado em 1974, tem uma longa história na política. “Nestas legislativas, o que nos fez concorrer foi a vontade de dar voz a este descontentamento que sentimos que existe no país”, manifesta Paulo Alves. “Estamos próximos do descalabro total do regime” e o PPM pode dar um contributo, pois “defende algo completamente diferente dos outros partidos”. “Este tipo de visão e de valores de que estamos tão carenciados” poderiam permitir “dar a volta à situação do país”, conclui Paulo Alves.