É uma história de “encontros e desencontros”. Um romance sobre um jornalista inglês, Edward Grant, que viaja até Nova Iorque e conhece uma agente do FBI. “Encontra-me em Nova Iorque” tem como protagonistas dois personagens cujas profissões já são sinónimo de aventura e que vivem uma história desejada, até, pelo próprio autor. “A parte boa gostava que me acontecesse, mas dispensava passar por uma história tão dramática”, brinca Duarte Monteiro, em entrevista ao JPN.

O encontro por acaso em “Encontra-me em Nova Iorque”

Duarte Monteiro tem 24 anos e é licenciado em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Em 2010 viveu durante dois meses em Nova Iorque. “Encontra-me em Nova Iorque” é o seu primeiro romance e fala do destino e sobre os pormenores que fazem a vida de uma pessoa.

Mas este que é o primeiro livro do autor, não é apenas ficção. Tal como o personagem do romance, Edward, também Duarte Monteiro é jornalista e já viajou até à cidade norte-americana por duas vezes, sendo que na segunda viagem acabou por “encontrar” o livro. “As pessoas perguntam se o livro é inspirado na minha vida”, explica o autor, dizendo que “não sendo completamente autobiográfico”, tem muito de si. Para o jovem português, “qualquer criação artística, como pintura ou literatura, tem sempre algo do criador”. Assim, “para dar vida aos personagens no primeiro livro, em especial a Edward”, Duarte Monteiro refere que “não haveria melhor pessoa” para se inspirar do que ele próprio. “O facto de Edward ser jornalista não é um acaso”, confessa. Mas a própria história não é completamente ficcionada, pois “é baseada em factos históricos”.

E Nova Iorque serve de cenário a este romance, que “tem muito, ou tudo, da cidade norte-americana”, explica o autor. A escolha daquela que é considerada a capital do Mundo deveu-se ao facto de, para Duarte Monteiro, ser geral “uma ideia que se tem de Nova Iorque, pré-concebida, feita a partir daquilo que se vê nos filmes”. “E não era diferente comigo”, garante o autor.

Aliás, se a capital do Mundo não tivesse sido a casa de Duarte Monteiro durante dois meses, talvez “Encontra-me em Nova Iorque” nunca tivesse sido concluído. O romance já tinha começado a ser escrito um ano e meio antes de viajar até à cidade, mas o futuro livro ainda não tinha mais do que “dois ou três capítulos”. Por “falta de tempo”, Duarte Monteiro deixou o projecto de lado e a viagem a Nova Iorque serviria apenas para umas “férias prolongadas”. “Mas levei o portátil comigo e reparei no documento do livro”, conta o autor.

Duarte Monteiro explica que já queria “que a história se passasse em Nova Iorque” e, uma vez de férias na cidade, o autor começou a escrever. “Acabei-o ao fim de dois meses”. “Escolhi a cidade e foi a junção perfeita: eu em Nova Iorque, a escrever o livro”, remata. Apesar de ter sido necessária uma inspiração, o desejo de escrever um livro já existia há muito tempo. “Eu sempre tive essa vontade, mesmo antes de entrar para a faculdade”, revela Duarte Monteiro.

Duarte Monteiro vai apresentar este sábado, 11 de Junho, “Encontra-me em Nova Iorque”… no Porto, um livro “para ser lido em todos os momentos”, diz o autor.