Esta quarta-feira, Fernanda Meneses, presidente da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), queixou-se das atribuições que o Estado faculta, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados da empresa relativos aos cinco primeiros meses de 2011. Para a responsável da STCP, o Estado “não é correcto” no financiamento que faz à empresa que dirige. Fernanda Meneses acrescentou que, no que se refere à Metro do Porto, os subsídios são “muitíssimo baixos”.

Em 2010, o Estado forneceu 53,9 milhões de euros à Carris e a à STCP, 20,1 milhões. Estes dados foram publicados em Diário da República e a diferença entre os mesmos levou a que numa auditoria aos transportes públicos em Lisboa e Porto, levada a cabo pelo Tribunal de Contas, se sublinhasse que, “entre 2003 e 2008, a Carris foi a empresa que absorveu mais fundos do Orçamento do Estado”. No entanto, na mesma auditoria, refere-se que “a STCP apresentou-se como a empresa transportadora que menos esforço exigiu aos contribuintes públicos”. Para Fernanda Meneses, não existem critérios na atribuição destas compensações.

Ainda nesta apresentação, a STCP admitiu que pode aumentar os tarifários dos transportes monomodais até ao final de 2011. Paulo Sá, administrador da empresa, referiu a possibilidade da “eliminação de alguns títulos” monomodais. A STCP pretende, também, a “reformulação profunda do zonamento do Andante”.

Os dados divulgados esta quarta-feira, em conferência de imprensa, relativos aos primeiros cinco meses deste ano, revelam que o número de passageiros da empresa aumentou de 46 para 47,5%, tendo tido um crescimento de 3,2%.