O Plano Director Municipal (PDM), em vigor há cinco anos, foi alvo do escrutínio de um ciclo de debates promovido pela Campo Aberto. Findo o ciclo, é altura de fazer um balanço da iniciativa, que reuniu personalidades da cidade e cidadãos para pensar este instrumento de gestão.

Anabela Gonçalves, do grupo organizador dos eventos, entende que o PDM é, “enquanto instrumento de gestão”, “ainda pouco conhecido”. “Não há a preocupação de envolver os cidadãos neste processo de reformulação”, diz. Por isso mesmo, o balanço do ciclo só pode ser “bastante positivo”, pois, através das conferências, possível ver “muita iniciativa” e “vontade de participar” por parte dos cidadãos.

O último debate foi virado para “o que se quer do Porto enquanto cidade com estratégia definida no Norte e na Península Ibérica”. Nesse sentido, Anabela Gonçalves pensa que o PDM “poderia ser mais dinâmico”, para modificar “o papel que o Porto poderia ter” em diferentes vertentes.

O sucesso do ciclo deu dicas para “começar a pensar em projectos futuros” para a Campo Aberto, diz Anabela Gonçalves, embora dentro do género. Entre as ideias, a promoção da “prática da agricultura”, por exemplo. Para o próximo ano, há que avançar com debates sobre “os solos e outras questões associadas ao urbanismo”, como “as indústrias criativas, o ordenamento do território, cidadania ou o desenvolvimento sustentável nos próximos anos”.