Música, cor e luz. Foram os ingredientes principais que fizeram vibrar Guimarães no primeiro dia da Capital Europeia da Cultura. Durante 2012 a cidade vimaranense vai ser o palco de encontro entre criadores e criações. A cerimónia de abertura aconteceu ontem, sábado, e contou com a presença de várias personalidades da política nacional.

Com um palco em forma de coração, idêntico ao logo oficial do evento, o pavilhão Multiusos pareceu pequeno para acolher todas as pessoas que não quiseram perder o espetáculo inaugural da Guimarães 2012: Capital Europeia da Cultura (CEC). João Serra, presidente da Fundação Cidade de Guimarães, fez questão de lembrar que “sem criatividade não há nada que se afirme” e, por isso mesmo, ao longo deste ano a cidade que viu nascer a nação portuguesa vai promover a diversidade cultural.

António Guimarães, presidente da Câmara municipal vimaranense, garante que tudo vai ser feito “para estarmos à altura do desafio que nos foi colocado pela União Europeia”. Já o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho lembra que “o Homem é um ser de cultura” e que “Guimarães tem uma excelente oportunidade de se afirmar como um pólo produtor de talentos”.

Guimarães 2012: “estão aqui as nossas raízes”

Já o presidente da República Aníbal Cavaco Silva não deixou de lembrar que “a nossa nação” começou em Guimarães e que a cidade “tem tudo para garantir a projeção da sua cultura e da sua região”. Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, também marcou presença na cerimónia inaugural da CEC e garantiu que “sem cultura a Europa não faz sentido”. O antigo primeiro-ministro português concordou com Aníbal Cavaco Silva e reforçou a ideia de que “as cidades europeias da cultura servem para apoiar o desenvolvimento económico e social das regiões que concretizam este tipo de projetos”.

A cerimónia de abertura da CEC contou com as participações do grupo vocal Outra Voz, da Fundação Orquestra Estúdio, do Grupo de Caixas e Bombos Nicolinos, bem como de Cristina Branco, Rão Kyao, Chico César, Ritinha Lobo e os Danças Oculta.

Sob o mote “Os nossos afetos”, o espetáculo idealizado pelo músico Manuel d’Oliveira propôs “a percorrer as memórias afetivas de Guimarães”. Um espetáculo multimédia com muita música e cor que terminou com toda a plateia em pé a aplaudir as centenas de participantes que subiram ao palco ao longo de cerca de uma hora.

Praça do Toural, o “ponto de partida”

Mas a festa continuou noite fora. A partir das 22h00 a Praça do Toural, bem no centro histórico da cidade, pareceu pequena para acolher todos os visitantes que rumaram a Guimarães. O espetáculo intitulado de “Tempo de Encontros” serviu para refletir sobre “a identidade, a memória e o futuro” de Guimarães.Um projeto coordenado pelo Centro de Criação para o Teatro e Artes de Rua (CCTAR) e pela companhia catalã La Fura dels Baus.

Ao longo de um ano, a CEC promove o intercâmbio cultural e a partilha de experiências e ideias para o futuro. Um evento da cidade para o mundo onde as pessoas nunca são esquecidas. Sob o mote “tu fazes parte“, Guimarães, em 2012, nas palavras de João Serra, é “uma cidade portugesa, europeia e mundial”: