O anúncio já tinha sido feito na última semana, pelo reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel da Silva, durante a cerimónia de tomada de posse do novo presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), mas sem grandes detalhes.

Esta segunda-feira, em comunicado, a UC informa que o novo medicamento, FDG-UC (Fluodesoxiglucose[18F] UC), “obteve autorização de introdução no mercado (AIM) pelo INFARMED (Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento)”. A cerimónia de lançamento no mercado está marcada para sexta-feira, 3 de fevereiro, no Auditório dos Hospitais da UC, pelas 12h00.

Na cerimónia vão estar presentes os ministros da Saúde, Paulo Macedo, e da Educação e Ciência, Nuno Crato, bem como o secretário de Estado do Ensino Superior, João Queiró.

Este que é o primeiro medicamento radiofarmacêutico português e que é usado “no estabelecimento do diagnóstico médico em oncologia” foi desenvolvido no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), na UC. Contudo, não será o único de que vamos ouvir falar no futuro. É apenas o “primeiro de vários” que a UC tem preparado para “entrada no mercado dos radiofármacos”.

No mesmo comunicado, Amílcar Falcão, vice-reitor para a área da investigação da UC e diretor técnico do ICNAS, realça a “importância extrema” deste feito para Portugal. “Além de ser o primeiro medicamento desenvolvido numa universidade portuguesa, representará ganhos significativos para o Serviço Nacional de Saúde, considerando que atualmente a FDG utilizada em Portugal é importada da vizinha Espanha”, diz.

“Muito competitivo no mercado” por incorporar características inovadoras, este novo fármaco pertime perceber com rigor “a evolução da doença oncológica, auxiliando os médicos nas opções terapêuticas” e é utilizado nos exames PET (Tomografia por Emissão de Positrões).