A história da peça junta 15 presidiárias de várias nacionalidades e tem como cenário a prisão, onde apenas “os corpos estão verdadeiramente presos”. O texto de “Inesquecível Emília” remete para as memórias e ensaios sobre recomeços de vida destas mulheres.
A prisão torna-se num cabaré que dá origem à história, composta igualmente por momentos musicais. “Inesquecível Emília” foi baseada nas cartas que as reclusas recebiam durante o cumprimento da pena. A (re)escrita dessas cartas deu origem “aos textos e letra de música deste espetáculo”, diz Hugo Cruz, da PELE. Manuela Azevedo, vocalista dos Clã, tem uma participação especial.
Esta peça foi sendo desenvolvida ao longo de quatro meses, ao abrigo do projeto europeu PEETA (Personal Effectiveness and Employability through the Arts), com o objetivo de certificar competências básicas através de projetos artísticos com pessoas reclusas.
A par de Portugal, este projeto está, também, a ser desenvolvido em mais quatro prisões da Áustria, Itália, Holanda e Turquia.
O espetáculo tem entrada livre mas a reserva de bilhetes é obrigatória e deve ser feita até 8 de fevereiro via email ( [email protected] ). “Inesquecível Emília” está em palco nos dias 14, 15 e 16 de fevereiro, no Estabelecimento Prisional Especial de Santa Cruz do Bispo, pelas 21h00.
O espetáculo é um seguimento de um outro projeto, “ENTRADO”, que foi apresentado em 2009 no Estabelecimento Prisional do Porto.
