Foi no bar do Rivoli que o Fantasporto dedicou mais uma tarde a temas como as ciências biomédicas, nanotecnologia, engenharia e robótica, ótica e hologramas, têxteis, física e cirurgia.

Mas primeiro foi a vez de Luís Rosales, diretor da revista “Sci-Fi World” e crítico de cinema, falar sobre ficção científica e a sua evolução ao longo do tempo. O espanhol realçou a importância de Copérnico, Júlio Verne, Orson Wells, das revistas Pulp, do filme “Godzilla”, da série “Star Trek”, e claro, da saga “Star Wars”, para a definição de ficção científica como a conhecemos hoje.

O crítico de cinema acredita que a biologia e o corpo continuam a ser os grandes focos da ficção científica de hoje em dia, mas que esta se encontra em fase de mudança. “O cinema move-se por etapas. O cinema social cai melhor em graças”, disse Rosales, comentando o facto de a ficção científica ter pouca adesão por parte das massas.

Mário Augusto, jornalista de cinema da RTP, constava no painel de convidados, mas não esteve presente. O moderador do debate final convidou todos os presentes a (re)assistir ao filme “Blade Runner”, a imagem do Fantas.

Nanotecnologia e insivibilidade

As Conferências do Futuro continuaram com o João Paulo Teixeira, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, que apresentou “O mundo FantasNANO”, numa introdução ao mundo da nanotecnologia. “A nanotecnologia vai ser maior que a revolução industrial, na minha opinião”, disse o biomédico. Este acredita que a ficção torna-se muitas vezes em realidade. Todas as apresentações estavam direta ou indiretamente ligadas ao mundo do cinema, explicando as aplicações possíveis à vida quotidiana e à sétima arte.

Em representação do departamento de Física da Faculdade de Ciências da UP, João Lopes dos Santos falou sobre viagens interestelares, invisibilidade e viagens no tempo. “Acredito que daqui a duas décadas vai ser possível tornar as pessoas invisíveis a nível militar”, adiantou. O físico defendeu, ainda, que “o futuro tem uma maneira muito inteligente de nos dar a volta”.

Houve ainda tempo para ótica e hologramas com Hélder Crespo, têxteis com Ana Cristina Freire, engenharia e robótica com Eduardo Silva, e cirurgia com Maria do Sameiro Pereira. Os conferencistas trocaram opiniões, experiências e conhecimento com a audiência numerosa. O público mostrou-se interessado e recetivo, neste que foi o fecho das conferências do Fantasporto 2012.