No âmbito do tema “O Futuro”, do 32º. Festival Internacional de Cinema do Porto, foi organizada uma exposição de hologramas no piso 0 do Rivoli, em homeagem a “Blade Runner”. Este evento é uma colaboração do Museu da Ciência da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), com a coordenação de Helder Crespo, docente na FCUP.

Em marcha desde Novembro, a preparação do evento foi acompanhado com atenção e entusiasmo por toda a organização. Para Beatriz Pacheco Pereira, “o professor Crespo foi uma pessoa excelente para trabalhar” e o seu empenho espetacular. Em declarações ao JPN, a diretora do Fantasporto diz ter sido, em conversa, o docente a ter a ideia para uma exposição deste tipo, bem como para a criação propositada de um holograma sobre o filme de Ridley Scott.

Os hologramas têm sido visitados por centenas de pessoas e, segundo Beatriz Pacheco Pereira, são prestigiantes para o festival. Contudo, as expetativas da diretora não foram completamente superadas pelo facto da arquitetura do Rivoli não ser convidativa à descida para o local do evento. “As especificações técnicas eram tais que só naquele espaço se podia fazer a exposição”, explica.

“Os Imortais” no Fantasporto

Ainda que longe de estar completo, o grande auditório do Rivoli recebeu bastantes pessoas que vinham assistir a um dos melhores filmes de António Pedro Vasconcelos: “Os Imortais“.

A longa-metragem do homenageado neste Fantasporto ronda a história evocada por Vitor Pratas, um ex-Comando da Guerra do Ultramar e parte de um grupo designado de “Os Imortais” – formado por companheiros de guerra. As memórias de Prata criam uma cronologia dos acontecimentos que levaram à morte dos companheiros e ao envolvimento de um antigo inspector nas actividades do grupo.

O filme é um bom exemplo daquilo que é capaz o cinema português. Com uma história intrigante, protagonistas, no geral, bem construídos e um ambiente que harmoniza a sociedade dos anos pós-25 de abril com uma trama altamente policial: caraterísticas nem sempre conseguidas no cinema nacional. Mas, se há alguém que as consegue criar e fazer funcionar, esse alguém é António Pedro Vasconcelos.