Fundada em março de 2010 por uma equipa de jovens de Palo Alto, na California, a Pinterest é uma rede social recente que funciona como um grande quadro de cortiça virtual. De acordo com a própria rede, o Pinterest permite organizar e partilhar todo o tipo de coisas encontradas na web.

A rede aposta, sobretudo, na partilha de imagens, dando a oportunidade aos utilizadores de criar os seu próprios “pinboards” temáticos, num mural à semelhante ao Facebook. Por lá, fixam fotografias e todo o tipo de imagens da sua preferência, a que se dá o nome “pins”. Os “pins” podem ser adicionados a partir de um website ou através do “upload” de uma imagem do computador.

Para aderir a esta rede social é necessário solicitar um convite e fazer login através do Facebook ou Twitter. Ao começar, o utilizador recebe dicas de “pinboards” a seguir, que podem incluir desde receitas favoritas, a viagens a fazer pelo mundo ou até mesmo ideias para planear um casamento.

Muito à semelhança do Twitter, os utilizadores desta rede podem “seguir” uma conta, podendo receber todas as suas atualizações e têm, também, a possibilidade de ser “seguidos”. Quando o utilizador se identifica com o “pin” de alguém pode fazer “repin”, adicionando-o a um dos seus “pinboards”. Os “pinboards” são visíveis a todos os utilizadores, não havendo, ainda, possibilidade de esconder conteúdo do perfil.

Mas o Pinterest não é só para pessoas. As empresas também têm lugar nesta rede social, onde, através de uma secção própria denominada de “Gifts”, podem divulgar os seus produtos, partilhando-os através de “pins” especiais com a indicação do preço. Nos últimos meses, o crescimento desta rede tem acelerado e, segundo um estudo da Shareaholic, o Pinterest ultrapassou o tráfego de referência do YouTube, Google Plus e LinkedIn juntos.

Uma rede com cada vez mais utilizadores nacionais

Em Portugal, a rede já começa a ter alguns “fãs”. Stefanie Borges, estudante, tomou conhecimento da mesma através de um blogue e tornou-se utilizadora pela novidade. “Tudo o que é novo capta desde logo a nossa curiosidade, principalmente numa era em que redes sociais como o Facebook e o Twitter são praticamente a massa da partilha de conteúdos/informação”, diz. O “o aspeto simples, organizado e funcional da rede”, diz Stefanie, “faz toda a diferença”.

Raquel Rei, designer, é, também, utilizadora desta rede social. Para a jovem, o Pinterest “funciona como um espaço de entretenimento pessoal”. “Vejo coisas interessantes, guardo-as, passo um pouco o tempo a recoletar imagens interessantes”, revela. A rede torna-se, assim, útil à sua profissão, pois acaba por usar as suas funcionalidades para “fazer pesquisa visual” e utiliza os “pinboards” para “organizar ideias e influências em todo o tipo de categorias”.

Já Gonçalo Castro, conhecido radio DJ da Antena 3, confessa que o Pinterest é o seu “segundo vício diário, a seguir ao Facebook”. “É super apelativo visualmente e não exagera nos conteúdos”, garante, explicando que esta até o “satisfaz mais” do que a maior rede social do mundo. “O facto de ser baseado em imagens, e não em palavras/texto, torna mais fácil de observar/captar”, assegura. O radialista, que utiliza a rede não só para fins pessoais como também a nível profissional, considera que a mesma é “um espaço de excelência em diferentes áreas de negócio”. Com o número de seguidores a aumentar, a Pinterest promete dar que falar nos próximos tempos.