A Mystic Invest, empresa de Mário Ferreira, dono da Douro Azul, foi a escolhida pelo júri do concurso da Câmara Municipal do Porto (CMP) para a construção de um centro lúdico e cultural em que será representada a epopeia dos Descobrimentos. Esta terça-feira a proposta vai ser votada na reunião do Executivo camarário.
Os números do Centro dos Descobrimentos
O investimento da empresa de Mário Ferreira neste projeto está estimado em 12,4 milhões de euros. À compra do imóvel estão destinados 2,55 milhões de euros, mais 2,45 milhões de euros em obras de remodelação, alteração e ampliação e em projetos e apoios técnicos. Para a implementação do conceito está prevista uma despesa de 7,1 milhões de euros e 250 mil euros estão destinados à promoção e marketing do projeto.
O centro lúdico e cultural será instalado nos antigos armazéns da Companhia Geral da Agricultura, na Rua de Miragaia, um edifício oitocentista e com relevância na história da cidade. O projeto foi pensado pela CMP com vista a promover o turismo na zona histórica do Porto, valorizando a tradição marítima portuguesa e enaltecendo as personagens de maior ligação histórica às Descobertas e expansão marítima.
Segundo um comunicado da empresa, foi reunida “uma equipa de especialistas internacionais para conceber, desenvolver e lançar no Porto uma nova atração para visitantes, baseada numa viagem/experiência inspirada nas grandes aventuras e descobrimentos portugueses”. No futuro Centro dos Descobrimentos, os visitantes serão “convidados a tornarem-se participantes numa descoberta e interagirem com ambientes do tipo de cenários de cinema”.
Segundo a proposta da Mystic Invest, o centro lúdico pretende proporcionar ambientes que recriam as preparações necessárias a uma grande viagem e permitem aos visitantes participar numa jornada que reproduz as aventuras dos Descobrimentos. A proposta prevê a criação de um canal de água, através do qual os visitantes são transportados em réplicas de barcas ou caravelas, suspensas num sistema de carris.
O projeto estipula um percurso de cerca de 20 minutos, onde 15 barcos, com capacidade para nove pessoas, poderão navegar em simultâneo. A empresa promete uma aventura onde podem enfrentar perigos e conhecer novos lugares “navegando do Portugal do séc. XV e XVI rumo ao desconhecido, tal como fizeram os grandes navegantes da época”.
Por enquanto, o projeto está condicionado “à ratificação dos órgãos municipais” que “estará para breve e aprovação de uma candidatura que será proposta pelo município aos órgãos de financiamento comunitário no âmbito do QREN”. Quanto ao número de visitantes estimados, a Mystic Invest tem a expetativa de receber mais de 300 mil visitantes no quinto ano de funcionamento do centro lúdico.
