Do surf à escalada, do bodyboard ao montanhismo, o importante é “sair do sofá” e praticar desporto de forma gratuita. É este o objetivo da “Alinhas?”, uma associação desportiva juvenil que surgiu, em abril de 2011, da vontade de um grupo de três amigos, que, entretanto, se tornou numa equipa de nove.

Ao JPN, André Azevedo, presidente da associação, garante que o grupo estava “cansado de fazer desporto sempre com as mesmas pessoas e de depender de outras pessoas, por exemplo, para fazer escalada”. A “Alinhas?” surgiu, então, para combater o sedentarismo e promover a prática desportiva. Uma das grandes vantagens para os participantes, segundo André Azevedo, é o facto de todas as atividades organizadas serem completamente gratuitas. “Em nenhuma atividade é paga a participação” nem existem custos iniciais para quem quer “juntar-se como sócio ou como amigo”, garante.

Quanto à faixa etária que mais “alinha” nas atividades desportivas promovidas pela associação, André Azevedo revela que o público é “maioritariamente universitário, dos 18 aos 25 anos”. Ainda assim, o presidente da “Alinhas?” adianta que a associação promove, também, atividades em horário pós-laboral para chegarem a um público mais vasto.

O presidente da associação afirma ainda que a adesão do público “varia consoante a altura do ano”. Apesar de o número de participantes diminuir no inverno, André Azevedo garante que são organizadas outras atividades para que as pessoas saiam de casa: para os mais corajosos que saem de casa com as temperaturas mais baixas, a “Alinhas?” organiza atividades de cicloturismo, escalada e canoagem.

Mas é quando o calor “aperta” que as atividades da “Alinhas?” começam a “aglomerar” participantes. De acordo com André Azevedo, o surf “é a atividade que tem tido mais adesão e na qual mais nos focamos”. Mas para quem não tem o material necessário para praticar as atividades oferecidas pela “Alinhas?”, André Azevedo garante que a associação disponibiliza o todo o material necessário para praticar todas as modalidades em segurança. Ainda assim, o presidente da associação deixa o conselho: “se as pessoas tiverem material, tragam para o utilizarem nas atividades”.

Resultados positivos aumentam expectativas

Até agora, o presidente da associação está satisfeito com os resultados alcançados pela “Alinhas?”. André Azevedo diz que, “no verão passado”, a associação registou o recorde de participantes: “chegámos aos 35 (participantes)”. Os números positivos têm aumentado as expetativas de André Azevedo que espera, este ano, “ter números superiores aos do ano passado, nomeadamente nas atividades ligadas à água e à praia”.

Prestes a celebrar o primeiro aniversário oficial enquanto associação juvenil, a “Alinhas?” quer “evoluir para atividades culturais” e, segundo o presidente, já começou a envolver-se em áreas como o teatro. Além desta expansão, a “Alinhas?” começou também a intervir a nível internacional e vai “trazer (a Portugal) jovens de Itália, Espanha, Grécia e Roménia”.

O facebook como ferramenta de trabalho

Com mais de 1000 “gostos” no Facebook, a Alinhas? aproveita as potencialidades da rede social para promover os eventos que organiza. Segundo André Azevedo, “o Facebook é uma clara oportunidade para chegarmos ao público jovem” e, por isso, tornou-se “o principal canal de contacto com os nossos participantes”. Assim sendo, a “Alinhas?” disponibiliza todas as informações úteis das atividades na página oficial da associação: ponto de encontro, duração do evento, o material necessário e o contato.

A preocupação com a solidariedade social

Para o grupo de amigos, é importante que a associação desportiva “alinhe” com as questões de solidariedade social. Ao JPN, André Azevedo garante que “o nosso trabalho pretende, não só, dar oportunidade às pessoas de fazerem atividades desportivas, mas um dos grandes objetivos é conseguir ajudar jovens e famílias que não têm possibilidades de participar em atividades desportivas distintas do habitual”. Ainda assim, André Azevedo garante que a associação, sediada em Matosinhos, está “à procura ativamente de parceiros, quer sejam lojas desportivas, quer sejam empresas que se preocupem com a responsabilidade social”.

O presidente afirma ainda que os responsáveis vão “tentar fazer, de três em três meses, algum tipo de doação” e que não vão optar “por grandes instituições, já que muito facilmente as pessoas vão até lá entregar os bens”.

Adnré Azevedo garante que “primeiro temos de resolver os nossos problemas locais e só depois atuamos mundialmente”. André Azevedo explica ao JPN que “na última doação selecionámos uma igreja que teve um crescimento enorme em termos de pedidos de apoio” e, assim, “optámos por escolher uma instituição pequena com um grande impacto local”, remata.